Seis helicópteros Kamov, comprados pelo Estado em 2006, estão parados desde janeiro de 2018, avança este sábado o Público (conteúdo exclusivo para assinantes). Há quase dois anos que uma auditoria está a decorrer, nas mãos da Força Aérea, Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil e Autoridade Nacional de Aviação Civil, para determinar se vale a pena reparar os veículos.

Não é possível determinar a data em que a mesma avaliação estará concluída, até porque o balanço do que é necessário para que as aeronaves voltem a ser funcionais ainda não começou a ser feito. Também ainda não são conhecidos os custos associados à reparação das aeronaves, que estão paradas no hangar da Proteção Civil, em Ponte de Sor.

Entretanto, o Estado já gastou, desde 2018, 12,6 milhões de euros no aluguer de três Kamov mais antigos do que aqueles que estão parados, à espera de conserto. O aluguer é feito durante quarto meses, entre junho e outubro, no período mais preocupante dos incêndios. O jornal já citado esclarece que o contrato assinado este ano é válido até 2023 — feitas as contas, serão gastos mais 13,4 milhões de euros.

A Força Aérea, que ainda não assumiu a tutela das aeronaves, esclarece que os seis Kamov não foram sujeitos a “qualquer ação de manutenção conducente à sua preservação”. Já a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil explica ao Público que a auditoria é “complexa” e que o processo em causa é “moroso” — a entidade não antecipa uma data “exata para a respetiva conclusão”. A Proteção Civil não especificou o que foi feito e o que falta fazer.

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