Muita chuva, uma temperatura abaixo dos 20º no final de agosto, inúmeras quedas e uma estranha substância branca na estrada a motivar inúmeros comentários nas redes sociais sobre a possibilidade de poder ser um gel hidroalcoólico a sair do piso com a água por desinfeção do percurso por parte da organização. A primeira etapa do Tour, em Nice, foi tudo menos um percurso monótono. Fabian Grellier (Total Direct Energie), Michael Schär (CCC Team) e Cyril Gautier (B&B Hotels-Vital Concept) foram os protagonistas da fuga do dia, neutralizada a cerca de 50 quilómetros da meta antes de uma chegada em sprint, mas houve muito mais para contar. Agora e no futuro.

Alexander Kristoff, da UAE Team Emirates dos portugueses Rui Costa, Ivo Oliveira e Rui Oliveira, foi o vencedor e conseguiu a primeira amarela na edição de 2020 mas antes tinham sido mais do que muitos os estragos, com as muitas quedas a tocarem a nomes fortes como Sam Bennett, Pavel Sivakov, Thibaut Pinot, Dumoulin ou Julian Alaphilippe. “Não poderia sonhar algo melhor. Sentia-me forte no último quilómetro e estou muito orgulhoso da vitória e do que a equipa conseguiu. Estava um pouco isolado mas encontrei uma boa roda para chegar à frente”, comentou no final da etapa o escandinavo, que conseguiu o quarto triunfo no Tour depois de 2014 (dois) e 2018.

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Kristoff tem uma história interessante mas com poucos motivos para recordar, quando terminou no segundo lugar a primeira etapa de sempre disputada na Volta a França, em 2013, superado por Marcel Kittel. Agora, aos 33 anos, “vingou” esse dissabor e conseguiu pela primeira vez alcançar a camisola amarela na corrida gaulesa. O dinamarquês Mads Pederson terminou na segunda posição, o holandês Cees Bol acabou no terceiro lugar e os (também ) favoritos Sam Bennett e Peter Sagan completaram o top 5 da primeira etapa.

Ainda assim, é nas possíveis consequências do primeiro dia que se centram agora as atenções nos próximos dias, até por algumas quedas terem envolvido nomes apontados ao pódio final como Tom Dumoulin. Nisso e também na estranha substância branca que surgiu na estrada com a chuva e que, na ótica dos corredores, contribuiu para uma etapa particularmente conturbada com várias quedas sem grande explicação.