São no total 4500 camas destinadas a estudantes do ensino superior a um preço regulado, que não ultrapassa os 285 euros por mês em cidades como Lisboa, Cascais e Oeiras. Foi esse o acordo que o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior conseguiu junto das associações que gerem os alojamentos locais, pousadas da juventude e hotéis que vão disponibilizar alojamento aos alunos durante este ano letivo que agora arranca. Segundo notícia avançada pelo jornal Público na edição desta segunda-feira, a renda cobrada aos estudantes vai variar entre 219 euros e 285 euros, consoante os concelhos do país.

Segundo o Público, os acordos começam a ser assinados esta segunda e terça-feira, em cerimónias que decorrem no Porto, em Vila Real e em Lisboa, sendo que os limites de preços praticados variam consoante a cidade. Assim, o limite para os concelhos de Lisboa, Cascais e Oeiras é de 285 euros, o mais alto; para Porto, Amadora, Almada, Odivelas e Matosinhos é de 263 euros; para o Funchal, Portimão, Vila Nova de Gaia, Barreiro, Faro, Setúbal, Maia, Coimbra, Aveiro e Braga é de 241 euros; e para os outros concelhos é de 219 euros.

Governo anuncia “mais 4.500 camas” para estudantes universitários

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

De acordo com o Ministério da Ciência e Ensino Superior, esses valores ainda vão ter de ser confirmados e concretizados caso a caso depois de contactados os estudantes.

Em causa está o facto de haver, no ensino superior, um total de 100 mil estudantes deslocados e 80 mil bolseiros. O problema da falta de alojamento estudantil há muito que foi detetado — o Governo já tinha anunciado mais 11.500 camas a criar durante esta legislatura –, mas agravou-se agora com a pandemia uma vez que a DGS decretou um espaçamento de dois metros entre camas nas residências, o que diminuiu 15% dos lugares disponíveis neste tipo de residência.

Segundo anunciou o ministério em comunicado, este novo acordo representa um acréscimo de 16% de camas disponibilizadas em relação ao ano anterior. No ano passado havia, segundo o Governo, 15.965 camas para estudantes, passando a haver agora 18.455 camas — sendo que 12.855 estão em residências estudantis, 1100 dizem respeito a protocolos com instituições e autarquias locais, e 4500 estão agora inseridas em hotéis, pousadas da juventude e outro tipo de alojamentos locais.