Deanna Hair, uma norte-americana de 67 anos que vive no Michigan, voltou esta semana para casa após 196 dias internada no hospital a recuperar dos efeitos da Covid-19, noticiou a NBC News. Esta foi um dos períodos mais longos conhecidos em que um doente de Covid-19 esteve internado, embora metade do tempo em que esteve hospitalizada já tenha sido após ter testado negativo ao SARS-COV-2.

A agora recuperada disse à NBC que todo o processo “mudou completamente” a sua vida e que foi muito “desgastante” todo o período em que teve a doença, desde o momento em que se sentiu mal até à ida para o hospital, passando pelo tempo que passou ligada ao ventilador, além de todo o processo de reabilitação que se seguiu.

Deanna e o marido, Ken, de 71 anos, tiveram os primeiros sintomas de coronavírus após uma viagem que fizeram à Califórnia quase na ponta oposto do sítio onde vivem: Ann Arbor, no Michigan. Ambos testaram positivo para o novo coronavírus a 31 de março. Enquanto Deanna teve tosse, febre e vómitos, o marido nunca teve mais do que leves sintomas.

Três dias depois, Deanna foi internada com lesões profundas no intestino, conduzindo mesmo à falência desse órgão. O vírus só piorou a recuperação. Depois disso, Deanna esteve dois meses e meio a ser ventilada com novos episódios de pré-falência de órgãos. Durante este período o marido e as três filhas nunca a poderam ver. Foram, sim, chamados três vezes para se despedirem (nas alturas que os médicos achavam que Deanna não iria sobreviver). Só em junho Deanna testou negativo para a Covid-19 e foi transferida dos cuidados intensivos dedicados à pandemia para os cuidados intensivos gerais.

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