A Ordem dos Enfermeiros está frontalmente contra a colocação de alunos na licenciatura em enfermagem nas Unidades de Saúde Pública, revela em comunicado. A posição surge após Graça Freitas ter adiantado, na conferência de imprensa sobre a Covid-19 da Direção Geral da Saúde (DGS), que os alunos de enfermagem iriam realizar inquéritos epidemiológicos, de maneira a aliviar a pressão no Serviço Nacional de Saúde (SNS).

DGS admite “enorme pressão” no SNS. Equipas de saúde pública reforçadas com alunos de enfermagem

Depois de ter lançado um inquérito para averiguar o número de profissionais sem emprego, a Ordem concluiu que há 412 desempregados disponíveis, sendo “que 300 nunca foram contactados e cerca de 100 recusaram as atuais condições contratuais oferecidas pelas instituições, nomeadamente os contratos de apenas quatro meses”, revela o comunicado.

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“Para o atual contexto”, a Ordem dos Enfermeiros considera que Portugal necessita de “profissionais habilitados e preparados para assegurar e garantir a adequada resposta dos serviços de saúde” e não a alunos que “pratiquem atos próprios de uma profissão regulamentada, praticando atos próprios de uma habilitação que ainda não detêm, e muito menos se admite que procurem soluções que permitam o exercício profissional em regime de voluntariado”.

A Ordem dos Médicos pede ainda ao Governo “defina uma estratégia para a enfermagem para Portugal”, na que se inclua “medidas de valorização profissional, com vista à fixação dos mesmos e que incentivem o regresso dos milhares de profissionais que se encontram emigrados”.