A Suécia, adepta de uma estratégia menos rígida face à pandemia do novo coronavírus, ultrapassou esta quarta-feira a barreira das 6.000 mortes atribuídas à Covid-19 e regista recordes de novos casos.

O primeiro-ministro sueco, Stefan Lofven, que se confinou por precaução com a mulher após ter estado exposto a um caso de contacto com o coronavírus, qualificou a situação de “séria”. A epidemia “evolui rapidamente no mau sentido”, reconheceu o chefe do governo.

Esta quarta-feira foram registados mais de 4.000 novos casos — um número recorde — e cinco mortos. Com 33 mortos em dois dias, o número de mortes atingiu os 6.002. A taxa de incidência do vírus, ou seja, o número de novos casos em relação à população, aumentou 146%, segundo os dados da Organização Mundial de Saúde (OMS).

A Suécia tem seguido uma estratégia diferente de muitos outros países para enfrentar a pandemia, baseada em recomendações, sem confinamento e quase sem medidas coercivas. Após uma primeira vaga com um balanço pesado (mais de 5.000 mortos), o país registou bons resultados entre julho e meados de outubro, mas o número de casos voltou depois a subir e os mortos também aumentaram nos últimos dias.

Face à situação, as autoridades de saúde fizeram novas recomendações regionais mais rigorosas, pedindo para limitar os contactos e evitar os locais fechados. Metade das 21 regiões suecas devem respeitar estas instruções. A pandemia de Covid-19, transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019 na China, já provocou mais de 1,2 milhões de mortos em mais de 48,1 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço da agência France Presse.

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