O TikTok vai recorrer novamente à justiça para lidar com a ameaça de suspensão por parte do governo norte-americano. Estaria previsto que o serviço de vídeo chinês fosse suspenso dos Estados Unidos a partir desta quinta-feira, mas a sua atividade permanece num limbo. O TikTok alega que, apesar de querer colaborar com os planos da administração Trump, ainda não obteve qualquer resposta oficial ao processo que a envolve para, assim, conseguir determinar o futuro da empresa no país, relata o The Guardian.

Em causa está a ordem executiva que Trump assinou em agosto e que levaria à suspensão do TikTok nos EUA, caso a empresa não vendesse as operações no país às empresas norte-americanas Oracle e Walmart. O presidente dos EUA deu um prazo de 45 dias à app que terminava em novembro, para que este processo ficasse concluído. Para avançar com esta suspensão, o presidente norte-americano alegou que a app (que pertence à empresa chinesa ByteDance) representava uma ameaça de segurança nacional e acusava o governo chinês de a usar para espiar os utilizadores.

O prazo para o TikTok vender as operações norte-americanas acabava esta quinta-feira, mas a administração de Donald Trump não se pronunciou mais sobre este assunto. Os responsáveis da app de vídeo chinês afirmam que estavam em contacto com o CFIUS (o comité de investimentos estrangeiros dos Estados Unidos) de “boa fé para responder às preocupações de segurança”, mesmo a empresa “discordando” com elas, avança a BBC, citando um comunicado da empresa.

Na quarta-feira, o TikTok argumentou que não havia “clareza” no processo e, por isso, decidiu que vai recorrer ao Tribunal Federal de Columbia. “Com o prazo de 12 de novembro iminente e sem uma extensão em vista, não temos outra escolha que não seja defender os nossos direitos e os dos nossos mais de 1.500 funcionários nos Estados Unidos”, declarou a empresa. A entrada na justiça representa uma “proteção para assegurar que as discussões” entre o governo norte-americano e o TikTok possam existir.

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A empresa ByteDance, que detém o TikTok, também quer que a decisão de Trump seja revista, argumentando que viola a constituição norte-americana. De acordo com a empresa, o governo norte-americano queria fazer “uma venda apressada e forçada, em condições irrealistas”.

Recorde-se que as autoridades indianas também já baniu o TikTok em junho deste ano, para proteger a “soberania e integridade da Índia”.

Índia bane o Tik Tok e outras apps chinesas