A Pluris, empresa detida por Mário Ferreira, vai lançar uma oferta pública de aquisição (OPA) às ações da Media Capital que não possui — cerca de 69,78% das participações, anunciou a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), que tinha obrigado o dono da Douro Azul há dias a lançar uma OPA por “exercício concertado”.

Mário Ferreira terá de desembolsar, no mínimo, 0,67 cêntimos por cada ação. Contudo, o preço efetivo ainda vai ser ainda estipulado por outro auditor.

A contrapartida oferecida pelas Ações Objeto da Oferta, a pagar em numerário, será a que resultar da determinação do Auditor Independente acrescida de 2% (dois por cento), desde que não inferior a € 0,67 (sessenta e sete cêntimos) caso em que será este o valor da contrapartida, em conformidade com os termos da Deliberação e o disposto nos artigos 185.º, n.º 5, e 188.º, ambos do CdVM”, lê-se na nota da CMVM.

Os 0,67 cêntimos foi o valor pago pelos outros acionistas da Prisa, que incluem a CIN, Lusialves e Cristina Ferreira, sendo que Mário Ferreira vai ter de desembolsar esse valor. Este montante é superior aos 0,411 que o dono da Douro Azul pagou para adquirir 30,22% da Media Capital.

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Mário Ferreira vai ter de lançar OPA obrigatória sobre Media Capital

Para lançar a OPA, Mário Ferreira precisa ainda de obter “autorizações regulatórias aplicáveis em matéria de controlo de concentrações e aquisição de domínio de um grupo societário”, ou seja, da Autoridade da Concorrência e da Entidade Reguladora para a Comunicação Social.