As restrições decididas pelas autoridades alemãs para lutar contra a pandemia do novo coronavirus, como encerramento de restaurantes e locais culturais, vão vigorar até 10 de janeiro, anunciou esta quarta-feira a chanceler Ângela Merkel.

“Os Estados federados vão manter as suas regulamentações até 10 de janeiro, o que significa que em princípio a situação ficará como está, com exceção da regulamentação (para o período) em torno do Natal”, declarou Merkel, durante uma conferência de imprensa.

A Alemanha ainda está “muito longe” dos números a atingir para combater a pandemia, considerou, sublinhando que em vários locais do país “o número de mortes diárias é ainda muito elevado”.

Na quarta-feira, o país registou mais 17.270 infeções em relação à véspera, o que elevou o total para 1.084.743 desde o início da pandemia. Ao mesmo tempo, foram recenseados nas últimas 24 horas 487 novas mortes, um recorde, o que elevou o total de pessoas falecidas para 17.123.

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Na semana passada, Merkel e os dirigentes de 16 Estados alemães decidiram que bares, restaurantes, locais culturais e clubes de prática desportiva deveriam continuar fechados durante pelo menos mais um mês.

O acesso aos supermercados continuará restringido, com um limitado de clientes em função da sua superfície.

As regras sobre contactos sociais vão ser aliviadas entre 23 de dezembro e 1 de janeiro.

As reuniões privadas, até agora limitadas a cinco pessoas, durante aquele período vão poder atingir as 10 pessoas, excluindo menores com menos de 14 anos, mas com algumas exceções, como Berlim, onde o máximo de participantes se mantém nos cinco.

A chanceler e os dirigentes estaduais vão reunir-se em 4 de janeiro para analisar a situação e tomar decisões.

Merkel adiantou ainda que, perante a provável aprovação das vacinas da Biontech-Pfizer e Moderna pela Agência Europeia dos Medicamentos antes do final do ano, 70 milhões de doses, provenientes destes dois grupos, poderiam ser entregues à Alemanha no primeiro trimestre de 2021.

A pandemia provocou pelo menos 1.482.240 mortos resultantes de mais de 63,8 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Na Europa, o maior número de vítimas mortais regista-se no Reino Unido (59.699 mortos, mais de 1,6 milhões de casos), seguindo-se Itália (57.045 mortos, mais de 1,6 milhões de casos), França (53.506 mortos, mais de 2,2 milhões de casos) e Espanha (45.784 mortos, mais de 1,6 milhões de casos).

Portugal contabiliza 4.645 mortos em 303.846 casos de infeção.