Christine Lagarde, presidente do BCE, lançou esta quinta-feira uma mensagem de otimismo ao dizer que, nesta fase, são “menos acentuados” os riscos negativos para a economia europeia, em comparação com o início desta nova vaga de infeções. Mesmo com o impacto que existiu nas economias, Lagarde não dá a entender que o BCE esteja na iminência de rever em baixa as projeções macroeconómicas para a zona euro, o que está a fazer a moeda única subir nos mercados cambiais.

As declarações foram feitas durante a conferência de imprensa habitual, em Frankfurt, após a reunião do Conselho do BCE para definir a política monetária – que não trouxe alterações em relação às taxas de juro nem às intervenções que o banco central está a fazer nos mercados financeiros. O BCE continua a mostrar disponibilidade para ajustar os instrumentos de intervenção – potencialmente reforçando os estímulos se considerar necessário – mas não trouxe novidades concretas.

As notícias sobre a eficácia das vacinas e a solução aparentemente tranquila para o Brexit são fatores que dão conforto ao BCE. Mas apesar de adotar um tom globalmente mais otimista, Lagarde reconhece que “a pandemia piorou em vários países e as novas variantes podem levar a medidas mais duras”, sobretudo em alguns países – a presidente do BCE salienta que existem “desenvolvimentos mistos” nos diferentes países, ou seja: uns, mais do que outros, estão a sofrer maior impacto da pandemia sobre a saúde pública e sobre as respetivas economias.

Por isso, Lagarde pede aos governos medidas ambiciosas e coordenadas para contrariar o enfraquecimento da procura e do investimento por parte do setor privado, empresas e famílias.

O euro-dólar estava, pelas 14h30 em Lisboa, a oscilar em subidas entre 0,3% e 0,5%, na região dos 1,215 dólares, máximos da semana.

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