Portugal desceu do “céu ao inferno”, depois de ter sido visto como um “milagre” durante a primeira onda da pandemia e, quase um ano depois, ter passado a ser o país com mais infeções e mortes de Covid-19 por 100 mil habitantes no mundo. O epílogo foi o pedido de ajuda internacional, escreve o jornal espanhol El Pais.

O El Pais esteve num lar em Vila Nova de Cerveira que, no início da pandemia, conseguiu não ter registo de infeções, para agora ter todos os seus utentes e funcionários infetados. “Os dados são pavorosos”, escreve o jornal, para passar a explicar que a maior parte dos mortos em Portugal se registou em janeiro com incidências por 100 mil habitantes a 14 dias nunca antes visas: 1438, seguindo-se a Portugal Israel, com 1.060 e a  República Checa com 902.

Pedro Siza Vieira diz ao New York Times que portugueses não respeitaram restrições. O que diz a imprensa estrangeira sobre Portugal

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O diário de Madrid descreve ainda como os hospitais portugueses, sobretudo na região de Lisboa, colapsaram, mostrando como o país era os que da Europa menos camas em Unidades de Cuidados Intensivos tinha previstas nesta pandemia, como o Governo admitiu. Fala sobre a chegada de uma equipa de profissionais alemães e do que aconteceu antes: a falta de restrições durante o Natal. Uma crítica que o especialista em Saúde Pública, Ricardo Mexia, aponta nesta reportagem, assim como um colega seu espanhol que exerce em Portugal e que diz que faltou coragem política para manter as restrições durante as festividades.

Hospitais sobrelotados, falta de profissionais de saúde, filas de ambulâncias. O relato da CNN sobre a pandemia em Portugal

Recentemente também a CNN fez uma reportagem em Portugal onde mostra as dificuldades que os serviços de saúde portugueses estão a enfrentar nesta onda pandémica. Relata como faltam profissionais de saúde, como os serviços de urgência estão cheios e as ambulâncias se acumulam às portas dos hospitais. Outros media internacionais têm dado igual destaque a Portugal nos seus noticiários.