No dia em que Lucas Miranda, de 15 anos, não regressou à instituição de acolhimento onde vivia, os responsáveis pensaram que era mais uma das suas fugas. Há apenas duas semanas a viver no Centro Jovem Tabor, em Setúbal, Lucas já tinha fugido uma meia dúzia de vezes, mas acabava sempre por ser encontrado e voltar, embora contrariado. Daquela vez, a meio de outubro, não voltou.

Desde então, foram chegando várias pistas à Polícia Judiciária sobre os seu paradeiro, mas nenhuma batia certo. Até aquela desta quinta-feira que levou a polícia a procurá-lo num descampado, dentro de um poço. Foi aqui que os agentes da PJ, auxiliados pelos sapadores bombeiros, recuperaram um cadáver impossível de identificar à primeira vista. Mas, nesta fase da investigação, acredita-se que o corpo possa mesmo ser o de Lucas Miranda e que o jovem terá sido vítima de um crime violento.

Segundo uma fonte da Polícia Judiciária, o comportamento de Lucas Miranda nunca foi um problema. E só depois do primeiro confinamento, por causa da Covid-19, as suas atitudes começaram a preocupar a mãe, que deixou de ter controlo sobre ele. Chegou mesmo a ser violento e a tentar agredi-la, levando a que a Comissão de Proteção de Menores o internasse numa instituição de solidariedade social.

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