Pela primeira vez em quase cinco meses, o número de novos casos de Covid-19 diagnosticados num só dia em Portugal ficou esta segunda-feira abaixo de um milhar.
De acordo com o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde divulgado esta segunda-feira (com dados referentes a domingo, o que se traduz num valor naturalmente mais baixo do que a média da semana), foram diagnosticados em 24 horas 549 novos casos, o que elevou o total de casos de Covid-19 registados em Portugal desde o início da pandemia para 798.074.
É preciso recuar quase cinco meses, até ao dia 7 de outubro (com 944 novos casos) para encontrar um dia com um número de casos diários abaixo dos 1.000 — e ao dia anterior (6 de outubro com 427 casos) para encontrar um dia com menos casos.
O boletim dá ainda conta de mais 61 vítimas mortais no domingo, o que levou o país a passar a barreira dos 16 mil mortos desde o início da pandemia. Entre março de 2020 e esta segunda-feira morreram 16.023 pessoas na sequência da infeção por Covid-19. É preciso recuar até ao dia 28 de dezembro (com 58 mortes) para encontrar um dia com menos óbitos.
Apesar das estatísticas maioritariamente otimistas, há um indicador que segue em sentido contrário: o dos internamentos. Já no domingo o número de internados nos hospitais portugueses havia subido em 32; esta segunda-feira, o número voltou a subir. São agora 3.322 pessoas internadas, mais 6 do que ontem.
Por outro lado, nas unidades de cuidados intensivos o número de doentes mantém a trajetória negativa: são agora 627, menos 11 do que no domingo. Desde o dia 5 de fevereiro, quando se registou o pico dos internamentos em UCI, houve uma descida de 277 internados em número absoluto, uma queda de 30,6%.
A região de Lisboa e Vale do Tejo continua a ser a mais afetada pela difusão do coronavírus em Portugal.
Dos 549 casos diagnosticados nas últimas 24 horas, 278 (51%) ocorreram na região da capital, 107 (19%) na região Norte, 48 (9%) no Centro, 33 (6%) no Alentejo, 22 (4%) no Algarve, 56 (10%) na Madeira e 5 (1%) nos Açores.
Na região de Lisboa e Vale do Tejo registaram-se também mais de metade das mortes (33 das 61), seguido do Centro (15), Norte (8), Alentejo (2), Algarve (2) e Madeira (1).
No que diz respeito à distribuição etária das vítimas mortais, conclui-se que morreu uma pessoa na casa dos 40 anos, duas na casa dos 50, nove na casa dos 60, dez na casa dos 70 e 39 acima dos 80 anos de idade.