A PSP foi chamada ao bairro de Santa Marta, em Corroios, devido a desacatos pelo segundo dia consecutivo. No primeiro dia os agentes foram recebidos a tiro quando chegaram ao local e foi montado um cerco policial que não conseguiu evitar a fuga dos suspeitos, cenário bem diferente do da manhã desta quarta-feira.

“Pelas 10h35, foi recebida uma comunicação telefónica na esquadra do Seixal, a relatar que numa residência localizada no bairro de Santa Marta, Corroios, uma pessoa encontrava-se a ser agredida e ameaçada por outras duas, fruto de desentendimentos antigos entre vizinhos”, explicou fonte oficial da PSP, adiantando que no interior da habitação os agentes encontraram “a vítima e os suspeitos referenciados, na posse de arma branca”.

A intervenção policial decorreu sem incidentes, contrariamente ao que acontecera na véspera, tendo sido “recolhidos os meios de prova” e detidos dois suspeitos”, que serão presentes à autoridade judiciária.

Um dos suspeitos detidos esta quarta-feira terá estado envolvido no episódio de troca de tiros da véspera. O Observador apurou junto de fonte próxima da investigação que um dos detidos nesta segunda intervenção foi a pessoa que estava a ser agredida quando os agentes chegaram ao local.

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Ainda que todas as linhas de investigação estejam em aberto, as autoridades acreditam que na origem dos diferendos e agressões desta quarta-feira — que nada terão a ver com os desacatos que na véspera levaram a PSP ao bairro — tenha estado a ocupação de uma habitação precária por parte de um dos suspeitos.

Quanto à única detenção feita na terça-feira, fonte da direção nacional da PSP fez saber que o detido “foi inquirido pela PSP, mas acabou por sair em liberdade”.

Troca de tiros em Corroios. Suspeitos fintaram cerco, estão em fuga e não estavam barricados. O único detido não estava no local

A troca de tiros entre polícias e suspeitos

Como o Observador noticiou, a PSP foi chamada pela primeira vez àquele bairro ao início da tarde desta terça-feira, devido a alguns distúrbios, e foi recebida a tiro. Dois dos suspeitos acabaram por se refugiar num barracão, inicialmente descrito pelas autoridades como uma loja, e rapidamente a PSP montou um cerco para impedir a sua saída daquele edifício.

No local estiveram elementos da investigação criminal, do Corpo de Intervenção e do Grupo de Operações Especiais. Durante essa tarde, a PSP chegou mesmo a anunciar que iria iniciar as negociações com os suspeitos barricados para que estes se entregassem. Mas no interior do barracão não havia ninguém para negociar e perto das 19h30 a PSP apercebeu-se, ao entrar, que o espaço estava vazio.

Agora e apesar das mais recentes detenções, a PSP continua a caça ao homem, tendo feito saber esta quarta-feira que mantém “o policiamento permanente e atento em todas as áreas de sua responsabilidade, no sentido de fazer suster qualquer ação que coloque em causa a segurança das populações”.

Notícia atualizada com o conteúdo do comunicado oficial da PSP.