João Cotrim de Figueiredo, líder do Iniciativa Liberal, reconhece que o partido teve uma falsa partida em Lisboa, mas mantém-se convicto de que o partido tomou a decisão certa. O deputado assume como objetivos “tirar Fernando Medina” da liderança da autarquia e “mudar o sistema por dentro”. E defende: Carlos Moedas não é alternativa porque “não vai ter força” para o fazer.

“Melhorar a câmara, tirando de lá Fernando Medina pode ser uma coisa boa, conseguir que algumas das políticas sejam diferentes pode ser uma coisa boa, mas não chega se o sistema continuar a funcionar da mesma maneira”, afirmou Cotrim de Figueiredo, ao jornal Público.

Questionado sobre o porquê de o IL não se juntar à candidatura de Moedas, o líder da IL explicou que não há “massa crítica para mudar a Câmara de Lisboa” e que o partido não podia estar desse lado.

O objetivo de avançar com Bruno Horta, um dos fundadores do partido, é “roubar mais votos a Fernando Medina” do que seria possível se o partido fosse integrado numa coligação. Coligações são discutíveis só depois de conhecidos os resultados eleitorais.

“Não queremos a quarta República, não nos confundimos com outros antissistemas. Somos muito ‘anti’ a forma como isto funciona, isso somos. Temos a noção perfeita de que 20 ou 30 anos depois de ter começado a funcionar assim, com partilhas de poderes, com um bloco central no pior sentido, temos a noção de não podemos ter demasiada pressa em querer mudar essas coisas”, afirmou Cotrim Figueiredo que reclama o prémio de “verdadeiro fenómeno político” (habitualmente atribuído ao Chega).

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