Rúben Amorim já tinha sido admoestado com um cartão amarelo na segunda parte, no seguimento de um lance em que Pedro Porro fez falta sobre Gil Dias e foi também admoestado por protestos, mas terminou a ver mesmo o cartão vermelho depois do apito final, naquela que foi a quarta expulsão desde que chegou a Alvalade. Na conferência de imprensa (Emanuel Ferro passou pela zona de entrevistas rápidas da Sport TV), o técnico não quis falar sobre a arbitragem em si mas acabou por falar por mais do que uma vez nas entrelinhas.

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“Não vou falar sobre arbitragem. Podíamos ter ganho o jogo. Temos um bom Campeonato, temos coisas boas para falar, temos um Campeonato cheio de artistas, já sabíamos disso. Vamos dar mérito aos jogadores e por isso não vou falar de arbitragens. Ainda não vi as imagens [do lance com Jovane Cabral]. Em relação à minha expulsão, foi o fiscal de linha que me expulsou. O quarto árbitro estava lá… O árbitro nem sabia bem porque estava a expulsar-me. Eu fui dizer que nem estava a falar com o árbitro e nem estava naquela altura. Não concordo com a minha expulsão mas é o que é. Agora, pensar no Farense”, explicou Rúben Amorim.

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“Artistas? Os artistas são os jogadores, estava a falar dos jogadores… Nós olhamos jogo a jogo e muito para aquilo que fizemos. O que nós temos de fazer é olhar para aquilo que podemos controlar, que é o treino. No fim fazem-se as contas como sempre. Estamos a pagar um pouco do sucesso que ninguém pensava que fôssemos ter. Mas sabemos para onde queremos ir e nós agora queremos ir ganhar ao Farense”, esclareceu mais tarde.

O treinador do conjunto verde e branco acabou também por analisar um lance com influência não no resultado mas na forma de atuar da equipa: o cartão amarelo a João Palhinha logo aos dez minutos de jogo (que não se sabe se, por ser o sexto, irá ou não dar algum tipo de punição ao médio que não cumpriu castigo depois de ter sido admoestado pela quinta vez no Bessa). “O Palhinha foi condicionado porque o Palhinha às vezes tendo cartão amarelo não vale a pena estar na equipa porque é muito agressivo, é ele que nos pára as transições e o jogo do Palhinha acabou na primeira jogada porque a partir daí teve de controlar-se, de andar em pezinhos de lã e ao intervalo tivemos de meter o Daniel Bragança”, analisou, a propósito da primeira admoestação do jogo.

“Temos dificuldade porque as outras equipas baixam muito. Se nós temos dificuldades, o que dirão os adversários… Vamos crescer, temos o Paulinho aí. Somos superiores na maioria das vezes frente aos nossos adversários. Hoje merecíamos vencer. Medo? Não tenho medo de nada. Estamos preparados. Não vai ser fácil parar o Sporting. O empate já nos custa muito. Igualámos a melhor série do Sporting, treinadores e jogadores muito badalados não conseguiram. Nós com juniores e miúdos da formação conseguimos. Jogámos bem com o Moreirense, merecíamos ter ganho. O futebol é mesmo assim. Tenho muita confiança nos meus jogadores. Não vai ser fácil para ninguém. Não vai ser fácil para o Sporting mas também não vai ser para os outros”, concluiu.