A DGS dá esta sexta-feira razão ao presidente da Câmara Municipal de Beja que afirmava haver um “erro de contagem”. Numa nota enviada às redações, a DGS corrige a incidência cumulativa para 107 casos por 100 mil habitantes entre 31 de março e 13 de abril. Durante a apresentação de António Costa, na quinta-feira, Beja foi identificado como um dos concelhos que não iria avançar para a próxima fase de desconfinamento, por apresentar pela segunda revisão consecutiva uma incidência superior a 120 casos por 100 mil habitantes. Rapidamente o presidente da câmara indicou que se trataria de “um erro” e que iria pedir revisão da situação.

Tardou menos de um dia, a revisão da DGS, mas o autarca não foi oficialmente notificado da decisão antes de ter sido divulgada aos órgãos de comunicação social. Ao Observador, ainda antes de o ministério da Saúde confirmar que Beja poderia avançar no desconfinamento, Paulo Arsénio mostrava-se “muito satisfeito” por o pedido de revisão “ter sido atendido”.

“Manifestámos a surpresa com a inclusão nos concelhos de mais incidência junto do Governo e da Direção-geral de Saúde e ficamos muito satisfeitos por termos sido atendidos. Não fomos tratados com nenhum favor, nem privilégio, mas houve uma fórmula matemática mal aplicada. Os erros sucedem, quando assim é devem e podem ser corrigidos e foi o que aconteceu”, afirmou à Rádio Observador.

“Isso significa que no dia 19 Beja avança justamente com a maioria dos concelhos no desconfinamento. A população tem tido um comportamento muito responsável, temos apenas 24 casos ativos, não temos nenhum surto nem nenhum caso nos cuidados intensivos”, apontou afirmando que era um “erro penalizar injustamente Beja”.

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Restrições em Beja. Houve “um erro de contagem”, afirma Presidente da Câmara

Ao Observador o ministério da Saúde já confirmou que o concelho irá avançar para a terceira fase de desconfinamento, deixando o lote de sete municípios que irá permanencer na segunda fase por ter ainda uma incidência de infeção alta na comunidade.

Desconfinamento. Os sete concelhos que não desconfinam, os quatro que recuam e os 13 que ficam em alerta

São agora seis os concelhos que se mantém na atual fase: Alandroal, Albufeira, Carregal do Sal, Figueira da Foz, Marinha Grande e Penela. Nestes concelhos, apenas as esplanadas podem continuar a funcionar, com um máximo de 4 pessoas por mesa; Os cinemas, teatros e salas de espetáculo não podem abrir; Os cafés e restaurantes não podem abrir portas para o interior; Os casamentos e batizados continuam a não poder contar com a presença de convidados.