La Señora tinha um mandado de detenção internacional por alegadamente “pertencer a uma organização internacional criminosa que pretendia introduzir por via marítima 3.400 quilos de cocaína, com origem na Colômbia, através da rota Equador-México”, mas não foi ela a primeira pessoa detida pela Policia Nacional espanhola. O marido, sobre o qual também havia um mandado de detenção, foi o primeiro a ser detido pelos espanhóis que comunicaram às autoridades norte-americanas. Na resposta, os Estados Unidos perguntaram pela “chefe”. “E La Señora? Têm a chefe?”.

De facto não tinham, mas não tardou muito até a polícia espanhola ter conseguido localizá-la. Um fim de semana de procura foi suficiente. La Señora estava no bairro de Vilapicina (Barcelona), onde vivem os dois filhos, maiores de idade, do casal há vários anos. Ainda que a detenção do casal tenha ocorrido entre sexta-feira e o fim de semana, há mais de 20 anos que La Señora estaria em Espanha.

Segundo escreve o El País, desde 2001 que Carmen Mireya Alarcón estava em Espanha, onde começou por trabalhar por conta de outrem até reunir os requisitos necessários para requerer a nacionalidade espanhola. A partir do momento em que conseguiu naturalizar-se espanhola a mulher usou Espanha como “país de refúgio” enquanto continuava a sua atividade no Equador onde está ligada a uma grande empresa de pesca chamada ‘Equador Negócios’, criada em agosto de 2012.

De acordo com as autoridades norte-americanas, que emitiram o mandado de detenção, La Señora “coordenava o reabastecimento, tanto de combustível como outras provisões, das embarcações que transportavam droga e navegavam sem bandeira, ou de embarcações pesqueiras — algumas da sua propriedade — tendo inclusivamente dado informações precisas sobre saídas das embarcações e localizações dos pontos de abastecimento”.

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