“Desde o Natal que a mobilidade nos dias úteis não era tão grande e desde outubro que a mobilidade não era tão grande aos fins de semana”, são as principais conclusões da consultora PSE, que analisa os dados de mobilidade da população portuguesa desde o início da pandemia, por comparação com o período pré-pandemia de janeiro a março de 2020.

Na semana passada, ainda antes da terceira fase do desconfinamento, havia apenas cerca de mais 10% das pessoas em casa do que antes da pandemia. Este domingo e segunda, essa diferença desceu para 5%, segundo os dados da PSE.

Confinamento adicional durante a semana, quando comparado com os níveis pré-pandemia, próximo do verão de 2020 — PSE

O nível de confinamento adicional, quando comparado com o período pré-pandemia, cresceu desde meados de dezembro de 2020 até à primeira semana de fevereiro, mas sem nunca atingir os níveis de confinamento de março e abril do ano passado.

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Desde fevereiro, cerca de um mês e meio antes da primeira fase do desconfinamento, que a percentagem de pessoas em casa tem descido, estando agora em níveis equivalentes ao do verão no ano passado. A única exceção foi a semana da Páscoa em que não houve aulas e havia proibição de circulação entre concelhos.

Neste último fim de semana 60% da população esteve em mobilidade, um valor só comparável, durante a pandemia, com os níveis verificados no verão passado ou no fim de semana de 24 e 25 de Outubro”, lê-se no comunicado da empresa.

Não só houve mais pessoas a circular no último fim de semana, como as deslocações foram maiores, os destinos mais variados e aconteceram em diferentes períodos do dia. Sem restrições à circulação entre concelhos e com o bom tempo a convidar, mais de 10% das pessoas deslocou-se para zonas junto à praia no último fim de semana, verificou a PSE.

Desde o final de outubro que o nível de confinamento não era tão baixo, ou seja, as pessoas estão a circular mais tempo ou para mais longe — PSE

Os dados de mobilidade da PSE, recolhidos numa amostra de quase cinco mil pessoas no continente, mostram ainda que desde o início da pandemia, e mesmo antes disso, a proporção de pessoas em mobilidade baixa ou moderada manteve-se mais ou menos constante. Ou seja, quem tinha de sair para distâncias curtas ou em trabalho, por exemplo, continuou a fazê-lo. A maior diferença está nos níveis de mobilidade elevados, que são aqueles que mais diminuem durante o confinamento, quando as pessoas estão mais em casa.