Portugal está entre os países em que o número de dias de trabalho mais diminuiu em 2020. Ao todo, as ausências ao trabalho — que podem acontecer por motivo de baixa, de assistência familiar, de perda do emprego, de lay-off ou de férias  — aumentaram 67% no primeiro ano da pandemia da Covid-19.

A variação, noticiada pelo DN e Dinheiro Vivo tendo por base dados públicos divulgados pelo Eurostat, foi muito superior ao aumento médio do número de dias de trabalho que se perderam nos 27 países da União Europeia. Se em média nos 27 Estados-membros da UE foram reportados em 2020 mais 38% dias de trabalho perdidos face a 2019, em Portugal a diminuição dos dias de trabalho não foi o dobro (76%) mas não ficou muito longe (68%).

Só Itália (mais 86% de ausências ao trabalho do que em 2019) e Espanha (mais 82%) tiveram uma percentagem maior de dias em que a população ativa não trabalhou por comparação com o ano anterior.  O número de dias de trabalho perdidos foi muito superior em Portugal ao que se verificou por exemplo em França (mais 43% de ausências). A Finlândia e os Países Baixos, que reportaram mais 8% de dias de trabalho perdidos, foram os países onde impacto da pandemia no emprego foi menor.

A diminuição nos dias de trabalho em Portugal afetou sobretudo as mulheres, dado que aproximadamente 58% dos dias de trabalho perdidos face ao ano anterior afetaram trabalhadoras. O impacto da diminuição do trabalho no sexo feminino foi maior em Portugal do que na média da UE (53%).

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