Na semana em que as fronteiras com a Austrália, fechadas há mais de um ano, voltaram a abrir, a Nova Zelândia deu outro passo de gigante rumo à vida como ela era antes da Covid-19 e reuniu, em Auckland, 50 mil pessoas no primeiro concerto alguma vez realizado em nome próprio no Estádio Nacional, o Eden Park.

Os bilhetes para ver a banda nacional Six60 esgotaram e nem a chuva, que foi caindo a espaços, afastou os fãs, sem máscara, que se reuniram numa dupla celebração: por um lado a alegria de voltar às multidões, por outro a de ver a banda favorita a tocar num palco onde os artistas do costume são jogadores, ou de râguebi, ou de críquete.

“Caro resto do mundo, eis como podem ser as coisas após a Covid”, escreveu um dos 50 mil, com um vídeo do espetáculo a acompanhar, no Twitter, que entretanto se encheu de imagens do concerto, que durou duas horas e teve um grupo de haka, a típica dança maori, a abrir.

Assim que a pandemia foi declarada pela Organização Mundial de Saúde, em março de 2020, a Nova Zelândia encerrou fronteiras e instituiu regras rígidas de confinamento. Mais de um ano, várias quarentenas regionais, 2.600 casos de infeção e 26 mortes depois, o país, composto por duas ilhas e com uma população de 5 milhões, está agora a regressar à normalidade. Este sábado não foi registado qualquer novo caso de infeção pelo SARS-CoV-2.

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“Estou a sentir-me abençoada por ser neozelandesa”, escreveu outra fã dos Six60 no Twitter. “Neste momento não há muitos lugares no mundo onde cerca de 50 mil pessoas possam juntar-se de forma segura e desfrutar de um espetáculo incrível”.