O prazo para responder aos Censos 2021 termina na segunda-feira, 3 de maio. Quem não o fizer — ou der informações erradas ou insuficientes — arrisca a pagar uma coima que oscila entre os 250 e o 25 mil euros (caso se torna de uma pessoa singular) ou entre os 500 e os 50 mil euros (em caso de pessoa coletiva). A resposta à maior operação estatística é gratuita e obrigatória.

Censos 2021. Coimas por recusar responder ou dar informações erradas podem ir até aos 50 mil euros

O período de reposta aos Censos começou a 19 de abril e só no primeiro dia o Instituto Nacional de Estatística (INE) recebeu mais de uma centena de respostas por minuto. Duas semanas antes de o prazo arrancar, os recenseadores contratados pelo INE entregaram cerca de 4,5 milhões de cartas com códigos para responder ao inquérito através da internet.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Na última semana, os Censos 2021 estiveram no centro de uma polémica entre o INE, a Comissão Nacional de Proteção de Dados (CNPD) e a empresa americana Cloudfare. Na sequência de dúvidas levantadas na internet quanto à privacidade dos dados dos Censos, a CNPD ordenou que o INE suspendesse qualquer transferência internacional de dados pessoais para os EUA no prazo de 12 horas. Apesar de o INE garantir que não o está  afazer, suspendeu o contrato com a Cloudfare.

Os dados dos censos foram espiados pelos EUA? A polémica entre o INE e a Proteção de Dados em 7 respostas

“O resultado desta ação [cancelar o contrato com a Cloudflare] não irá afetar a segurança do site do Censos 2021, continuando a ser assegurada a total proteção dos dados pessoais”, disse o INE ao Observador. Com a Cloudflare fora da operação, os Censos online perderam um dos dois serviços que a empresa prestava: “perfomance”. Como consequência, o INE diz que “pode ocorrer uma diminuição da  rapidez de acesso ao site de recolha dos Censos”.