Carlos Costa, que foi governador do Banco de Portugal até há um ano, vai ser ouvido na próxima segunda-feira pela comissão parlamentar de inquérito à gestão do Novo Banco e às perdas imputadas ao Fundo de Resolução.

A audição ao governador que decidiu a resolução do Banco Espírito Santo e a venda do Novo Banco tem como finalidade ouvir as explicações de Carlos Costa na sequência da auditoria do Tribunal de Contas a esta operação e à execução do acordo de capital contingente. Mas será a primeira vez que o ex-governador vai ser ao Parlamento após terem sido conhecidas as conclusões do relatório Costa Pinto que avalia a atuação do Banco de Portugal no caso do BES.

Tendo como pano de fundo a auditoria do Tribunal de Contas, a comissão de inquérito (em conjunto com a de orçamento e finanças) tem um calendário exaustivo de audições na próxima semana, prossegue terça-feira com Luís Máximo dos Santos, presidente do Fundo de Resolução, e Mário Centeno. O atual governador do Banco de Portugal era ministro das Finanças quando o Governo deu luz verde à venda do Novo Banco e ao mecanismo de cobertura de perdas que, segundo o Tribunal de Contas, tem tido um impacto nas contas públicas que não tem sido minimizado. Para quarta-feira está a agendada a audição de António Ramalho, presidente do Novo Banco. O atual ministro das Finanças, João Leão, também deverá ser ouvido sobre a auditoria do Tribunal de Contas.

Para quinta-feira, e por vídeoconferência, esta prevista a audição do ex-presidente da Ongoing, Nuno Vasconcellos.

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