O PSD do Bombarral criticou esta quarta-feira a câmara socialista de gastar dinheiro num estudo de opinião que “não passa de uma sondagem” a pensar nas eleições autárquicas, o que foi refutado pelo presidente da autarquia.

Este estudo de opinião não passa de uma sondagem encapotada de medidas para uma recandidatura do atual presidente”, “paga com o dinheiro de todos os bombarralenses”, referiu em comunicado a concelhia do PSD presidida por Nuno Mota, candidato à câmara.

Questionado pela agência Lusa, o presidente da câmara, Ricardo Fernandes, afirmou que o estudo de opinião “não tem absolutamente nada a ver com as eleições autárquicas“, quando “está focado nos problemas dos bombarralenses” e nem sequer anunciou se se recandidata.

Os sociais-democratas explicaram que, no estudo de opinião, encomendado com o objetivo de saber a opinião da população sobre as medidas implementadas para fazer face à pandemia da Covid-19 no concelho, são, além dessas, também colocadas questões relativas a espaços verdes, estacionamento, limpeza de ruas, saneamento, apoio à infância e à terceira idade e segurança e iluminação pública.

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Além disso, acrescentaram, o estudo pede sugestões para melhorias no concelho e questiona ainda os inquiridos sobre “se fosse presidente de câmara qual seria a primeira medida que tomava” Confrontado, o autarca socialista esclareceu que todas as questões inquiridas são no âmbito da pandemia da Covid-19.

Era necessário fazer o ponto e situação para ver se o que estamos a fazer é suficiente ou se teremos de implementar mais medidas, sobretudo de proteção social e económica”, disse.

O PSD colocou ainda em causa os 18 mil euros gastos no estudo de opinião, defendendo que “esse valor seria mais bem empregue para o apoio aos bombarralenses que tanto sofreram e continuam a sofrer com esta pandemia“, sublinhando que o desemprego aumentou 35% neste concelho do distrito de Leiria.

Já Ricardo Fernandes disse que o estudo de opinião foi feito na sequência de a oposição criticar a maioria PS de não responder à pandemia, sublinhando que a autarquia já gastou mais de 200 mil euros em medidas de prevenção e combate.