O primeiro trimestre de 2021 confirmou que as vendas de veículos eléctricos continuam a crescer a bom ritmo, mas talvez não tanto como muitos imaginavam. De Janeiro a Março comercializaram-se globalmente cerca de 750 mil unidades, o que representa um incremento de 140% em relação ao período homólogo de 2020, segundo a Jato. O maior mercado do planeta é cada vez mais a China, que não só transaccionou 399.000 unidades, como cresceu 326% face aos três primeiros meses do ano anterior.

Face à China, a Europa viu as vendas de eléctricos aumentar apenas 57%, enquanto os EUA registaram uma melhoria de 69%, o que não impediu o Velho Continente de se assumir como o segundo maior mercado do mundo, com 212 mil veículos, claramente à frente dos Estados Unidos, que se ficaram pelos 115 mil. Comparativamente, o resto do mundo não ultrapassou as 25.000 unidades vendidas no primeiro trimestre, melhor em cerca de 20% face primeiro trimestre de 2020.

O analista da Jato Felipe Muñoz destaca os três modelos que mais venderam de Janeiro a Março deste ano, surgindo o Tesla Model 3 na liderança, com 117 mil unidades. Isto permitiu à berlina norte-americana bater o pequeno e muito mais acessível modelo chinês, o Wuling Hongguang Mini EV, que colocou no mercado 97 mil novos modelos, sendo de destacar o 3º lugar conquistado pelo Model Y da Tesla, o SUV que ainda nem sequer está à venda na Europa e já atraiu 59.000 clientes.

Ao chamar a si dois lugares no top 3 do ranking das vendas, não é de estranhar que a Tesla tenha representado quase 25% do total de veículos eléctricos vendidos, com a General Motors a alcançar 15,8%, seguindo-se o Grupo VW (8%), a Stellantis (4,8%) e a BYD (4,6%). Depois surgem a Renault-Nissan, com 4,5%, a Hyundai-Kia (4,5%), aparecendo algo mais abaixo os grupos BMW (2,7%) e Daimler (2,3%).

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