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Tão fácil que até dá para andar em brincadeiras no banco (a crónica do Itália-País de Gales)

Este artigo tem mais de 2 anos

Enquanto Chiellini e Berardi falavam relaxados na bancada e Barella e Locatelli brincavam com um copo no banco, Itália teve nova demonstração de força com o País de Gales e garantiu 1.º lugar (1-0).

Itália voltou a jogar bem, a divertir-se em campo (mesmo sem grande parte dos habituais titulares) e acabou fase de grupos só com vitórias e sem sofrer golos
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Itália voltou a jogar bem, a divertir-se em campo (mesmo sem grande parte dos habituais titulares) e acabou fase de grupos só com vitórias e sem sofrer golos

Itália voltou a jogar bem, a divertir-se em campo (mesmo sem grande parte dos habituais titulares) e acabou fase de grupos só com vitórias e sem sofrer golos

Foi avançado da Juventus durante 15 anos entre 1949 e 1961, conquistando cinco Campeonatos e duas Taças de Itália jogando a certa altura com John Charles e Omar Sivori naquele que ficou conhecido como o Trio Mágico. Foi internacional pela squadra azzurra, esteve em dois Mundiais, participou ainda nos Jogos Olímpicos de 1952 em Helsínquia. Foi nomeado pela família Agnelli diretor do futebol, passando depois para presidente executivo da Vecchia Signora e ficando mais tarde como líder honorário do clube. Foi eleito para o Parlamento Europeu pelo Forza Italia de Sílvio Berlusconi e esteve como deputado durante cinco anos, entre 1994 e 1999. Giampiero Boniperti foi um pouco de tudo, não só no clube de Turim mas em todo o futebol italiano. Morreu, aos 92 anos.

A preparação da Itália para o último encontro da fase de grupos, depois de duas vitórias por 3-0 a abrir, ficou marcada pelo desaparecimento da antiga figura e foi por isso que a seleção defrontou o País de Gales com fumos negros no braço em homenagem ao ex-avançado. E havia mais um motivo para chegar ao terceiro triunfo na prova, sendo que o empate seria suficiente para assegurar o primeiro lugar do grupo A. Aliás, essa é uma das marcas da Itália: pode defrontar adversários a pressionar com blocos mais baixos ou mais altos, com quatro ou cinco defesas, mas tem sempre um chip onde ter bola e atacar é um primeiro princípio para ficar mais longe de sofrer, não perdendo o sentimento confortável onde dá a posse ao adversário e joga em transições.

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Mantendo apenas Donnarumma, Bonucci e Jorginho entre os habituais titulares, a Itália entrou a dominar, beneficiando também da marcha atrás do País de Gales de Rob Page que voltou à linha de três defesas abdicando da referência mais posicional na frente para colocar os móveis Gareth Bale, Daniel James e Aaron Ramsey, e ficou perto do golo em várias situações, entre um remate de Pessina para defesa de Ward (16′) e um tiro de Chiesa numa diagonal que foi cortado por Ampadu perto da linha (30′). Os galeses, sem muita posse mas a evitar sempre que possível o jogo mais direto, só criou perigo de bola parada, com Gunter a surgir para desviar de cabeça perto do poste após canto (27′) e seria mesmo o conjunto transalpino a inaugurar o marcador num livre lateral bem marcado por Verratti ao primeiro poste com desvio de pé direito de Pessina (39′).

O domínio italiano manteve-se no segundo tempo, com Bernardeschi a acertar no poste de livre direto (53′) antes da expulsão com vermelho direto de Ampadu por entrada dura sobre o extremo da Juventus (55′) que adensou ainda mais esse controlo da Itália, que somou mais algumas boas aproximações à área contrária com menos finalização do que era pretendido entre uma oportunidade flagrante (a única na verdade) do País de Gales por Gareth Bale, que rematou sozinho na área por cima após assistência de cabeça do recém entrado Kieffer Moore (75′). As contas estavam mais do que feitas, até porque uma derrota pela margem mínima também interessava aos galeses, e deu para tudo, incluindo ter conversas relaxadas como aconteceu com Chiellini e Berardi, andar a brincar com um copo no banco como se viu com Barella e Locatelli e lançar a dois minutos dos 90′ um dos guarda-redes suplentes, Sirigu, que entrou para o lugar de Donnarumma apenas para os aplausos.

O jogo a três toques

Para recordar

Roberto Mancini aproveitou a situação confortável no grupo A depois dos dois triunfos iniciais no Europeu para promover várias alterações na equipa e a imagem que ficou foi mesmo a confirmação de que a Itália é muito mais do que as opções inicias contra Turquia e Suíça. E com dois destaques individuais: Marco Verratti, que se não fossem os problemas físicos iria ser titular (agora com este Locatelli já terá mais dificuldades…) e que foi o grande pilar da equipa no meio-campo a tomar conta da fase de construção e a marcar linhas de pressão sem bola; e Chiesa, o melhor jogador da Juventus a par de Ronaldo que teve o mérito de entrar na equipa, apanhar um adversário a defender em bloco baixo mas conseguir sempre ser um foco de desequilíbrio no ataque.

Para esquecer

A forma como Rob Page apresentou a equipa no Olímpico de Roma poderia não querer dizer de forma inevitável que o País de Gales ia tentar defender o empate mas a maneira como apresentou o seu plano de jogo tornou notório que existia uma vontade expressa de jogar também com o resultado do Suíça-Turquia em Baku para ir minimizando possíveis estragos frente à Itália. Era isso que estava a acontecer até ao início da segunda parte, apesar da vantagem transalpina, até que Ampadu teve uma entrada violenta sobre Bernardeschi que lhe valeu o cartão vermelho e deixou os galeses reduzidos a dez. Até pode não ter essa intenção mas o jovem central do Chelsea, que esteve emprestado ao Sheffield United, colocou problemas extras ao que já era problemático.

Para valorizar

Já aqui tínhamos falado do trabalho feito por Roberto de Zerbi no Sassuolo com o reflexo ainda hoje patente na seleção italiana com Locatelli e Berardi e que teve contra o País de Gales o seu prolongamento com a aposta de Mancini na segunda parte em Raspadori mas convém nunca esquecer também a autêntica história de sonho que a Gasperini tem escrito na Atalanta, com segundos e terceiros lugares na Serie A e presenças muito meritórias na Liga dos Campeões. Matteo Pessina, médio de 24 anos que ficou em terceiro no Mundial Sub-20 em 2017, é mais um dos destaques da equipa de Bérgamo, depois de uma passagem por empréstimo pelo Hellas Verona. E além do golo teve um jogo interessante no meio-campo da Itália, sendo mais um destaque da Atalanta depois daquilo que Malinovskyi tem feito pela Ucrânia e que Gösens fez pela Alemanha (sobretudo contra Portugal).

O golo e o resumo do jogo, em vídeo

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