O vice-almirante Gouveia e Melo tinha dito que a chamada “imunidade de grupo” chegaria em agosto, mas “na altura, achávamos que a imunidade de grupo se atingia com 70% de primeira inoculação e 50% de segunda inoculação”. Com os riscos associados à nova variante, o responsável pela task force da vacinação diz agora que é necessário chegar a percentagens mais elevadas da população vacinada para se poder dizer que estamos “fortemente protegidos”: só em meados de setembro se chegará a essa situação.

“Nós, entre 8 e 15 de agosto, vamos atingir essa meta” e “iremos atingir 85% de primeiras inoculações em setembro – segunda ou terceira semana – e também atingiremos nessa altura os 70% de segundas inoculações”. Em entrevista à SIC, neste domingo, o vice-almirante diz que só nessa altura “julgo que estaremos totalmente protegidos ou… fortemente protegidos” contra a nova variante.

“No entanto, a aceleração da vacinação mostra que ela tem efeito no contágio” e é por isso que estamos “numa corrida contra o tempo”. É por estarmos nessa “corrida contra o tempo” que “nestas próximas duas semanas, que são decisivas, vamos ter de trocar qualidade no processo por um maior ritmo de vacinação“, diz Gouveia e Melo, antecipando algumas filas de espera que deseja que sejam “sempre inferiores a uma hora” e que “não sejam generalizadas”.

O responsável, que disse que a maior parte dos internamentos são de pessoas entre os 30 e os 50 anos, explicou que é entre os mais jovens que existe maior propagação. E é nesse âmbito que Gouveia e Melo faz um “apelo à racionalidade” perante “alguma resistência” que “eventualmente” possa existir entre os mais novos.

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Nós todos, numa pandemia, seremos vacinados pelo método natural – o contágio, que é como uma vacina não controlada com perigo de graves consequências – ou por uma vacina controlada, segura e eficaz”.

“Entre os dois processos, uma pessoa racional decide pelo processo controlado e não pelo processo não controlado”, atira o vice-almirante.

Gouveia e Melo diz que em setembro “estaremos totalmente protegidos ou fortemente protegidos”