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Uma "entrada à campeão": Leões tiraram mais uma vitória do Pote (a crónica do Sporting-Vizela)

Este artigo tem mais de 2 anos

Campeão nacional recebeu o recém promovido Vizela e venceu por claros 3-0, conseguidos na segunda parte. Visitantes até deram boa réplica, mas os leões foram demasiado fortes e eficazes.

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Getty Images

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Pode parecer estanho, mas nada interessa. Pelo menos nada do que ficou para trás. Sejam títulos, sejam derrotas, promoções de divisão, contratações ou vendas. É aqui que tudo começa, com pratos limpos para toda a gente, todos cheios de fome de bola. É o arranque da I Liga de futebol e, ao contrário do que se passou na época passada, voltam ao estádio aqueles sem o qual este desporto não faz sentido: os adeptos. Quem grita, sofre, aplaude… Ao fim ao cabo, é para eles que Pedro Gonçalves, do Sporting, faz golos. É para os fãs que Pepe, do FC Porto, corta a bola de forma assertiva. Pizzi, do Benfica, tem remates certeiros para os cânticos de quem veste encarnado. Arouca, Estoril, Moreirense, Marítimo, Braga, V. Guimarães, Portimonense, Tondela, Santa Clara, FC Porto, B-SAD, Paços Ferreira, Famalicão, Gil Vicente, Boavista, Vizela e Sporting. Nem todos têm os mesmos objetivos, mas todos têm um título em mente, mesmo que não seja o primeiro lugar e seja chegar à Europa do futebol, conseguir a permanência ou acabar em 6.º ao invés de 7.º, em 11.º em vez de 12.º…

Coube ao campeão nacional Sporting e ao recém promovido Vizela abrirem o campeonato da I Divisão (agora Liga Portugal bwin). De um lado, Ruben Amorim, o menino bonito de Alvalade (será que há alguns anos alguém imaginava?). Do outro, Álvaro Pacheco, que foi eleito o melhor treinador da II Liga. O treinador dos leões procurava continuar a tendência de a sua equipa não ser derrotada em casa, o que não acontece há 26 jogos. Do lado do Vizela, claro, o foco era ignorar estatísticas, mas contrariá-las. Mais que não fosse porque o Sporting também não era derrotado no arranque do campeonato há dez anos. O Vizela trazia ao peito não só a subida de divisão como ainda o facto de não ter perdido nenhum dos últimos 25 jogos da II Liga a época passada.

Com o encontro a começar num fim de tarde solarengo, havia, como se costuma dizer tantas vezes, todas as condições para a prática do futebol.

Foi um início de jogo elétrico. Não com muitos remates e oportunidades de golo, mas mesmo pela energia que os jogadores do Sporting, com o clássico verde e branco, e do Vizela, esta sexta-feira de amarelo, colocaram no encontro. Passados esses primeiros instantes de “começo de campeonato vamos a isto”, as coisas começaram a ficar um pouco mais esclarecidas. O Sporting assumiu mais a bola e durante cerca de metade da primeira parte o Vizela encostava quase sempre atrás. Mas a equipa de Álvaro Pacheco tem a qualidade, apesar de às vezes pecar por excesso e complicar as coisas atrás, de querer jogar curto, com qualidade, mas de forma simples. Sim, às vezes em excesso, mas sempre que podem de forma simples, a um, dois toques. Sempre com Cassiano como referência e com um bom jogo de Guzzo, o Vizela foi tentando…

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… mas não é nada fácil defender este Sporting. Os visitantes apresentaram-se a defender em 4x4x2, mas há problemas difíceis de resolver. Feddal e Gonçalo Inácio abrem muito e projetavam Esgaio e, sobretudo, Vinagre. Com Pedro Gonçalves e Jovane a jogarem perto de Paulinho, os defesas do Vizela eram obrigados a ter atenção aos avançados e não se podiam multiplicar até às alas. E aí, sempre que o Sporting conseguia virar rápido o jogo, fosse por passe curto, corridas de Matheus Nunes ou passes longos dos centrais, o público ouvia-se bem (e que saudades tínhamos deles, independentemente da cor), porque os leões criavam sempre algum frisson nessas jogadas.

Até que aos 32 minutos surgiu a oportunidade soberana para o Sporting fazer 0 1-0: o primeiro penálti do campeonato, após mão na bola dentro da área de Koffi Kouao. Jovane, no entanto, disparou muito por cima e falhou a grande penalidade. O Sporting até fez por merecer, tendo claro essa oportunidade clara, mas a verdade é que o Vizela segurava um positivo empate ao intervalo.

Pausa para um momento importante em Alvalade. Subiu ao relvado o judoca Jorge Fonseca, que ganhou a medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de Tóquio, para um merecido aplauso.

E se o Vizela até fez uma boa primeira parte, o início do Sporting no segundo tempo atarantou completamente o jogo. Quer dizer, não foi propriamente uma surpresa. Afinal, foi o melhor marcador do campeonato passado que fez um golo: Pedro Gonçalves, ou Pote, que já na Supertaça tinha sido decisivo. Estava feito o 1-0, o primeiro golo do campeonato, logo aos 49′ da segunda parte.

Os pupilos de Ruben Amorim mostraram-se com a mesma qualidade da primeira parte mas houve ali qualquer coisa extra que o técnico terá dito ao intervalo. Um “boost”. Uma qualquer frase secreta de motivação. Pois bem, Pedro Gonçalves, aos 65′, aproveitou essa vontade extra para bisar no encontro. Era o campeão a não dar muitas hipóteses e aos 74′ foi Paulinho a aumentar a vantagem para 3-0.

Agora, neste momento de definição, entramos na parte dos clichés. Mas a verdade é que sim, foi mesmo uma “entrada à campeão”. Foi. Já tinha sido na primeira parte, apesar da boa réplica do Vizela, mas na segunda parte os leões trouxeram a eficácia e o goleador da época passada pegou onde terminou. Assim, as coisas ficaram muito complicadas para o Vizela que, diga-se, demonstrou boas ideias num jogo onde não tinha qualquer pressão.

Quem a tinha, e Ruben Amorim já disse que o campeão este ano tem “mais responsabilidade”, encarou-a de frente e fez o que, se pedia hoje em Alvalade: jogar à bola para os adeptos, que bem mereceram.

Está aberta a I Liga 2021/2022 com um bom jogo do campeão nacional. Agora? Agora queremos mais. De todas as equipas e de todos os adeptos.

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