“Quem é que escolhe a esposa a resgatar?”, pergunta Liliana Rodrigues, presidente da UMAR – União de Mulheres Alternativa e Resposta, depois das declarações do ministro João Gomes Cravinho que disse que os intérpretes afegãos que trabalharam para o Estado português só podem trazer uma das esposas, caso tenham mais do que uma.

Os tradutores e intérpretes que trabalharam connosco têm o direito de trazer a esposa — uma, no caso de haver mais do que uma, o que acontece por vezes no Afeganistão — e todas as crianças menores ou até aos 21 anos”, explicou o ministro da Defesa Nacional.

“É hierarquizar as vidas, neste caso, das mulheres” e “não ter em consideração” o aumento da violência contra as mulheres que já está a acontecer no país e que pode vir a piorar, refere Liliana Rodrigues em declarações à Antena 1. A UMAR defende, assim, que é urgente tirar as mulheres do Afeganistão.

Gomes Cravinho diz que “não há calendário” para fim de operação no Afeganistão, mas sim “urgência absoluta”

O ministro da Defesa Nacional disse que Portugal vai receber os 20 intérpretes e mais 96 familiares entre mulheres e filhos.

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