A economia portuguesa, no seu conjunto, ainda não voltou aos níveis que tinha em 2019, mas nas vendas ao exterior já há sinais de normalização este ano. Em julho — tal como já tinha acontecido em junho e em vários outros meses deste ano —, as exportações de mercadorias continuaram a superar os valores que tinham sido alcançados antes da pandemia. Face ao mesmo mês de 2019, foi registado um acréscimo de 4,1% nas exportações e uma descida de 2,2% nas importações.

Resultado: o défice da balança comercial melhorou em 371 milhões de euros nessa comparação a dois anos, ficando agora muito perto de 1,5 mil milhões de euros.

Face ao mesmo mês do ano anterior, julho de 2020 — que o INE sublinha ter sido afetado pela pandemia “de forma intensa” —, as exportações de bens aumentaram 11,7% e as importações subiram 21,4%. As vendas para Espanha, o maior mercado das empresas nacionais, cresceram 10,9%. De resto, entre os 10 principais mercados portugueses só não houve crescimento a dois dígitos em França (+2%) e na Alemanha (8,5%), que, ainda assim, apresentam resultados positivos. A maior subida entre esses 10 países verificou-se nas vendas para os Países Baixos (+30,8%).

Nesta comparação com o mesmo mês do ano passado, como as importações cresceram mais do que as vendas ao exterior, Portugal viu agravar o défice da balança comercial de bens num total de 662 milhões de euros no espaço de um ano.

O INE destaca, tal como tinha acontecido em junho, as subidas de fornecimentos industriais, quer nas exportações (+9% face a julho de 2019) como nas importações (+17,3%). Na comparação com o ano passado, o aumento das vendas ao exterior foi de 19,8% e o valor das mercadorias importadas cresceu 34,8%.

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