O candidato do Partido Democrático Republicano (PDR) à presidência da Câmara de Lisboa, Bruno Fialho, defendeu esta terça-feira que o município tem afastado os turistas da cidade em vez de diversificar os polos turísticos da capital.

“Conseguimos ter a perceção de que realmente a Câmara Municipal de Lisboa está a tentar construir um condomínio privado apenas para algumas pessoas poderem residir em Lisboa e tem atacado o turismo, quando as soluções que deveria ter apresentado deviam ser sustentáveis”, afirmou Bruno Fialho, em declarações à agência Lusa após uma reunião com a direção da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo.

Para o candidato do PDR, a autarquia, atualmente presidida por Fernando Medina (PS), “em vez de diversificar os polos turísticos que existem em Lisboa, tem afastado os turistas”.

“Ou seja, tem atacado a economia. Isto é um erro primário. A Câmara Municipal de Lisboa para aliviar a pressão turística não pode atacar a economia. Tem de atacar os problemas que existem através de alguma pressão turística que existe”, sustentou.

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O líder do PDR referiu também que muitos turistas que saem do Terminal de Cruzeiros já não visitam o centro da cidade, devido a cortes de trânsito, que obrigam os autocarros turísticos a “dar uma volta muito grande”.

“Além de defraudar o turista, defrauda também as expectativas económicas das pessoas que vivem à conta do turismo, que não são só as empresas turísticas. São as pastelarias, são os lojistas, são milhares de pessoas que dependem do seu emprego através disso”, considerou Bruno Fialho.

“Não podemos apenas colocar todo o turismo em dois ou três locais de Lisboa e também não podemos fechar a cidade ao turismo porque, caso contrário, não há turismo em Lisboa”, reforçou o candidato do PDR.

Bruno Fialho acrescentou que “quem está a tomar estas decisões de cortes de estradas, de proibição de circulação em determinadas vias não ouve os parceiros sociais”, desculpando-se com a questão da pandemia de Covid-19 “para decidir sem ouvir”.

O candidato disse ainda que algumas viagens “são vendidas com três anos de diferença”, pelo que “estas decisões são tomadas sem que as empresas tenham tempo para se adaptar às mesmas”.

Concorrem à Câmara de Lisboa, Fernando Medina (coligação PS/Livre), Carlos Moedas (coligação PSD/CDS-PP/PPM/MPT/Aliança), Beatriz Gomes Dias (BE), Bruno Horta Soares (IL), João Ferreira (PCP), Nuno Graciano (Chega), Manuela Gonzaga (PAN), Tiago Matos Gomes (Volt), João Patrocínio (Ergue-te), Bruno Fialho (PDR), Sofia Afonso Ferreira (Nós, Cidadãos!) e Ossanda Líber (movimento Somos Todos Lisboa).

As eleições estão marcadas para 26 de setembro.