A candidata independente à presidência da Câmara de Portalegre, Adelaide Teixeira, revelou esta quarta-feira que vão ser investidos cerca de 28 milhões de euros, até 2026, num projeto que vai “revolucionar” a regeneração urbana do concelho.

Adelaide Teixeira, que é também presidente da Câmara de Portalegre, eleita pelo movimento candidatura Livre e Independente (CLIP) e que se candidata a um terceiro mandato nas eleições autárquicas de 26 de setembro, acrescenta que este projeto é uma “aposta muito grande” para o município nos próximos anos.

A candidata, que falava à agência Lusa no decorrer de uma ação de campanha na zona industrial daquela cidade, explicou que o projeto de regeneração urbana “já foi aceite” pelo Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU) e que o mesmo “não é só” para a cidade, mas também para ser aplicado nas freguesias rurais do concelho.

“Não é só para Portalegre, para a sede de concelho, é também para as freguesias. É um projeto que vai revolucionar em termos de regeneração urbana”, sublinhou.

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De acordo com Adelaide Teixeira, trata-se de um projeto que vai intervir em casas devolutas, que o município vai adquirir e requalificar “paulatinamente” até ao ano de 2026.

“É um projeto de 28 milhões de euros, não é para fazer num ano, obviamente, vai estar dividido em fases tal como está a decorrer a reabilitação das casas de habitação social, que já vai na terceira fase”, acrescentou.

Além da regeneração urbana, a requalificação das habitações sociais é outra das suas “bandeiras”, tendo explicado que “quase todo o património da câmara já foi regenerado”, estando a decorrer nesta altura a terceira fase da requalificação das habitações sociais, faltando ainda “duas fases” para concluir este projeto.

“Outra grande âncora” da sua estratégia para a cidade passa por transformar aquele território nos próximos quatro anos numa “cidade inteligente”, o que tem sido, na sua opinião, “um sucesso”, até esta altura.

“Está já 92% das iluminarias substituídas por leds, mas um sistema inteligente, foi uma conceção de 5,7 milhões de euros e ganhou uma empresa que para desenvolver todo o ‘software’ da cidade foi buscar um parceiro tecnológico, que é a IBM, e já temos neste momento 23 pessoas em Portalegre, engenheiros informáticos”.

De acordo com Adelaide Teixeira, esta aposta vai continuar a “colher frutos” no futuro, estando previsto, ainda este ano, chegar à unidade da IBM em Portalegre “mais 43 pessoas” para trabalhar na empresa.

A candidata da CLIP explicou ainda que estão a ser investidos “1,2 milhões de euros” na requalificação da principal avenida da Zona Industrial de Portalegre e que, a terceira fase da expansão daquela área económica, vai contar com um investimento de “3,6 milhões de euros”.

“Já está (o projeto) no Tribunal de Contas, já está para ser aprovado e, evidentemente, o que vai sair daí é a constituição de vários lotes (terreno) porque temos tido uma grande procura, e neste momento já não temos lotes para satisfazer os pedidos”, disse.

Além da candidata da CLIP, a corrida eleitoral em Portalegre conta com as candidaturas de Fermelinda Carvalho (PSD/CDS-PP), Luís Moreira Testa (PS), Hugo Capote (CDU), Luís Lupi (Chega) e António Ricardo (BE).