A candidata da CDU à Câmara de Viana do Castelo Cláudia Marinho defendeu esta quinta-feira que o desenvolvimento económico do concelho tem de ser feito de forma “integrada” através da “dinamização da atividade económica, social, cultural, artesanal e turística”.

“A criação de emprego é importante, é óbvio. Sem trabalho dificilmente conseguimos ter um desenvolvimento pleno, mas não chega. Depois do trabalho temos de ter horas de lazer. Temos de ter locais para onde nos possamos dirigir com a nossa família, com os nossos amigos e o concelho tem de nos oferecer isso. O nosso concelho tem tudo. Tem monte, tem rio, tem mar. Tudo isso é importante”, disse Cláudia Marinho da coligação PCP/PEV.

Em declarações à Lusa, à margem de ações de campanha que realizou nas freguesias de Castelo do Neiva, Amorosa, Chafé Mazarefes e Vila Fria, Cláudia Marinho recusou a ideia de que o “foco” do desenvolvimento económico “seja sempre na indústria e na criação de emprego permanente e com direitos”.

O desenvolvimento económico do concelho passa também por trabalhar as freguesias no seu todo, pela diversidade cultural, o que oferecemos à população vianense, chamando outras pessoas que não são do concelho. A diversidade cultural deve ser uma constante, das crianças, aos jovens e aos seniores”, especificou a cabeça de lista da CDU.

A criação de um Museu do Mar, “vivo, que preserve o espólio existente tem sido e vai continuar a ser uma das bandeiras da CDU”, acrescentou.

“A nossa história é história de mar, de gente do mar, tivemos com maior incidência a indústria naval que também faz parte da nossa história. Temos um rico espólio nesta área e temos todas as condições para criar um Museu do Mar”, disse.

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Licenciada em Educação Social e especialista em Educação e Promoção da Saúde, a atual vereadora comunista no executivo de maioria socialista aponta a adequação da oferta formativa das escolas e do Instituto Politécnico de Viana do Castelo (IPVC) às necessidades do concelho.

“Todos nós gostávamos que os nossos jovens ficassem por cá, investissem cá, na nossa terra. Sabemos que não conseguimos com todos, mas se conseguirmos com uma grande maioria já era bom”, frisou, referindo que a “recuperação do edificado pode ajudar à criação de um programa de apoio à primeira instalação de jovens empresários”.

Uma “rede de transportes que acompanhe o desenvolvimento económico do concelho” é outro das propostas da candidatura da CDU.

“A mobilidade tem de ser uma aposta efetiva e permanente do município para aproximar as freguesias da cidade, onde estão grande parte dos serviços públicos. As carreiras que existem têm de ter horários que correspondam às necessidades da população”, acrescentou.

Além de Cláudia Marinho pela CDU, concorrem às eleições do dia 26 Luís Nobre pelo PS, Eduardo Teixeira pela coligação PSD/CDS-PP, Jorge Teixeira pelo Bloco de Esquerda, Rui Martins pela Aliança, Paula Veiga pelo Nós, Cidadãos!, Maurício Antunes da Silva pelo IL e Cristina Miranda pelo Chega.

Nas autárquicas de 2017, o PS conquistou 53,68% dos votos e garantiu seis mandatos. O PSD atingiu os 21,25% (dois mandatos) e a CDU (PCP/PEV) alcançou 8,11% (um eleito).