O candidato do Livre à Câmara do Porto Diamantino Raposinho defendeu esta quinta-feira à Lusa a inclusão do alojamento para estudantes no esforço da autarquia de melhoria da habitação pública na cidade, numa parceria com as instituições académicas.
Diamantino Raposinho reuniu-se esta quinta-feira com os Serviços de Ação Social da Universidade do Porto (SASUP) para “saber exatamente de que forma os estudantes têm sofrido com a questão da pandemia e o seu alojamento na cidade”.
Dessa conversa, assinalou, extraiu que a “oferta fica aquém, seja através do próprio SASUP, quer no setor privado” da procura de quem chega de fora do Porto para estudar na Universidade ou no Politécnico do Porto.
“De acordo com o que me foi dito hoje [esta quinta-feira], a Câmara do Porto não acha isto uma prioridade”, revelou o candidato, defendendo que “dentro do que são as questões da habitação, a Câmara do Porto pode ter um papel importante” nesse apoio aos estudantes.
Passando para a solução do problema, Diamantino Raposinho frisou que a sua proposta de “dobrar a oferta de habitação pública prevê que uma parte seja alocada ao alojamento para estudantes”.
“Não consigo definir a percentagem dessa necessidade, mas defendo que deve acontecer em parceria com a Universidade do Porto e com as instituições de Ensino Superior da cidade”, acrescentou.
E continuou: “Não tem de ser habitação nova, isto que fique claro, mas sim requalificar o parque habitacional degradado e adquirir outro que não esteja a ser usado”.
Clarificando a sua proposta, o candidato argumentou que o “objetivo não é criar bairros camarários, mas sim ter presença da câmara na habitação espalhada por vários pontos da cidade, desconcentrando a habitação pública”.
“Acreditamos que a Câmara do Porto não pode impor soluções, mas pode trabalhar em conjunto com as instituições, desenvolvendo as melhores soluções para cada caso”, disse.
Contudo, esse esforço não deve, na opinião do candidato, ficar circunscrito à autarquia, defendendo que “o Governo, através do IHRU [Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana] ou dos fundos provenientes do Plano de Recuperação e Resiliência, tem, obviamente, de ser um parceiro essencial da câmara para a disponibilização desta habitação pública”.
“Como se tem visto no debate, este é claramente um dos problemas essenciais da cidade”, notou.
São candidatos à presidência da Câmara do Porto, nas eleições de 26 de setembro, Rui Moreira (movimento independente “Rui Moreira: Aqui há Porto” — apoiado por IL, CDS, Nós, Cidadãos!, MAIS), Tiago Barbosa Ribeiro (PS), Vladimiro Feliz (PSD), Ilda Figueiredo (CDU), Sérgio Aires (BE), Bebiana Cunha (PAN), António Fonseca (Chega), Diogo Araújo Dantas (PPM), André Eira (Volt Portugal), Bruno Rebelo (Ergue-te) e Diamantino Raposinho (Livre).
