Stephan Winkelmann é o homem que lidera o destino da Lamborghini e tudo indica que está confiante em relação ao futuro. Para a próxima década prepara uma série de novidades, sendo que provavelmente a mais saliente é a introdução do primeiro modelo 100% eléctrico do construtor italiano, que deverá ser introduzido no mercado em 2027 ou, no limite, 2028.

De acordo com o CEO, a Lamborghini vai reforçar a sua actual gama, que hoje integra apenas dois superdesportivos (Huracán e Aventador) e um SUV (Urus), além de algumas séries especiais de produção limitada. Winkelmann confirma que a marca passará a propor os sucessores dos actuais coupés superdesportivos, mas reforçará os veículos mais versáteis, como o Urus, de forma a incluir dois modelos distintos. A segunda geração do SUV terá assim a companhia de um novo modelo, que ainda está rodeado de secretismo, mas em relação ao qual Winkelmann afirma que gostaria que tivesse apenas duas portas.

O CEO da Lamborghini deposita ainda grandes esperanças na possibilidade de a União Europeia aceitar os combustíveis sintéticos, neutros em CO2, como uma solução com zero emissões de CO2. Isto permitiria à marca continuar a produzir os actuais V10 e V12, eventualmente em versões electrificadas, diminuindo a necessidade de remodelar a fábrica em Sant’Agata Bolognese e de investir em novas plataformas, mecânicas e sistemas de gestão eléctricos, imperativo que reduziria o potencial para gerar lucros, sobretudo a curto e médio prazo.

Entretanto, a Lamborghini continua a evoluir a bom ritmo, tudo indicando que 2021 será mais um ano de recordes, em termos de vendas e receitas. Winkelmann afirma mesmo que estão “a vender mais carros do que aqueles que conseguem fabricar”, um “defeito” que todos os construtores acolheriam de braços abertos.

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