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De Woods para Woods, mais do que um segundo lugar e o primeiro torneio: "Sou o pai dele, não o treinador"

Este artigo tem mais de 2 anos

Tiger Woods e o filho Charlie participaram num torneio, dez meses depois da lenda viva do golfe ter sofrido um grave acidente de automóvel do qual ainda tem sequelas. Não vai jogar ao mais alto nível.

Tiger Woods regressou aos greens com o filho Charlie, de 12 anos, para participar no PNC Championship
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Tiger Woods regressou aos greens com o filho Charlie, de 12 anos, para participar no PNC Championship

Getty Images

Tiger Woods regressou aos greens com o filho Charlie, de 12 anos, para participar no PNC Championship

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“Voltar a escalar a montanha e chegar ao topo já não é uma expectativa realista para mim”. A frase é do mítico, apesar dos apenas 45 anos, Tiger Woods, lendário pelo que já fez pelo golfe, pelos títulos, pelo que conseguiu mesmo a nível mediático (ainda que com polémica à mistura). A frase referida vem na sequência de um acidente de carro que Tiger sofreu em fevereiro deste ano, uma colisão grave que resultou em várias fraturas em ossos da perna direita. “Não se sabia se ia sair do hospital só com uma perna”, disse também recentemente à Golf Digest. Afastado esse cenário, seguiram-se três semanas de hospitalização e mais três meses de recuperação em casa, acamado. Woods passou depois a usar cadeira de rodas e, finalmente, canadianas. “Tenho sorte por estar vivo. E por ainda ter a minha perna”, disse depois numa conferência de imprensa.

A história deste fim de semana, contudo, ainda que muito marcada pelo acidente do norte-americano, tem mais de bom do que de mau, num ambiente parental, de pai para filho. Tiger, que mesmo assim, acamado, conseguiu ser o 12.º desportista mais bem pago do ano ao ganhar (principalmente de patrocínios) cerca de 60 milhões de dólares, de acordo com a Forbes, participou com o filho Charlie, de 12 anos, no PNC Championship. No torneio, em que golfistas participam com familiares, a dupla Woods terminou em segundo lugar, atrás da duplas formada por John Daly e o filho John Daly II. Este Championship de 36 buracos realizou-se no Ritz-Carlton Golf Club, em Orlando, na Flórida.

Tiger Woods na primeira entrevista emotiva desde o acidente: “Nunca mais vou voltar a jogar a tempo inteiro”

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Tiger Woods tem 82 títulos PGA (organização dos golfistas dos EUA), incluindo 15 majors. Mas no passado fim de semana, mais do que golfista, era pai, mais do que “o” Tiger Woods, podia ensinar alguma coisa, mas não é treinador do filho: “Sou o pai dele [Charlie], não o treinador. Se ele quiser aprender sobre golfe, pergunta, estou aqui como caixa de ressonância. Mas o meu trabalho é ser pai e ter a certeza que ele tem as prioridades certas. A escola vem primeiro e se ele quiser praticar um desporto, que assim seja”.

Matt Kuchar, um jogador profissional que assistiu de perto ao jogo da família Woods, disse aos jornalistas que o jogo e o swing de Tiger, ainda que este se desloque a pé com dificuldades e precise de um cart para se deslocar, algo que não é possível no PGA Tour, está pronto para voltar aos altos voos. Tiger Woods, no entanto, disse que discordava “totalmente”, por não estar “ao nível” dos outros jogadores. “Não consigo competir contra eles agora. Levará muito trabalho para que sinta que consigo competir e estar ao mais alto nível”, frisou Tiger.

Dizendo que ao longo do fim de semana foi “sentindo melhor” aquilo que conseguia fazer, voltando à questão dos golf carts, Woods tem certeza que nunca iria pedir para usar um num torneio do PGA Tour. “Não é quem eu sou, não é como tenho sido. Se não consigo jogar a este nível, não consigo”, referiu ainda sobre as dificuldades de deslocação. “A competição e competitividade nunca vão desaparecer. Este é o meu ambiente, é o que fiz a vida inteira e estou muito agradecido pela oportunidade”, referiu ainda sobre o facto de ter alinhado no torneio meses depois de um acidente gravíssimo.

Segundo o Golf Channel, que fez uma espécie de “dez coisas que aprendemos” da participação de Tiger e Charlie Woods no PNC Championship, as coisas pareceram “familiares” no que toca aos fãs e adeptos, havendo uma vibe old school do que Tiger já foi a nível de jogo, mas que ainda é a nível popularidade e lenda. Nelly Korda, por exemplo, jogadora número 1 do mundo, tirou uma fotografia com Tiger e disse que “os sonhos se tornam realidade”.

E realidade é uma palavra chave para Tiger Woods: “Não vou cumprir um calendário completo nunca mais. Vou escolher os eventos e, mesmo assim o meu corpo pode não cooperar. Não sei quantos mais eventos vou jogar”. Não é descabido dizer que, roubando a expressão ao Golf Channel, “este torneio era para passar tempo com o filho, nada mais, nada menos”. Mas mesmo entre os dois, há uma competição que existe “em casa”, “seja golfe ou jogar às cartas”. “Foi assim que me criaram e toda a gente na nossa família é muito, muito competitiva e não gostamos de perder”, disse Tiger que, num momento de trash talk com o pequeno Charlie respondeu-lhe com um “preocupa-te com o teu jogo”. O que o filho lhe disse? “Não faças essa tacada, sabes o que vai acontecer”…

Ao jornal Marca, dois golfistas espanhóis, Gonzalo Fernández-Castaño, profissional do PGA Tour e Javier Ballesteros, filho de Severiano Ballesteros também um mítico golfista europeu que morreu em 2011, comentaram a prestação de Charlie Woods, ainda que de modo um pouco diferente. Gonzalo diz que a criança “jogou bem sobre pressão e que tecnicamente é espetacular”, no entanto, recorda o ranking do rapaz. “Olhando para os rankings, as coisas são o que são e há muitos rapazes da sua idade que jogam maravilhas. Creio que é o n.º 103 do ranking da Flórida. Seguimo-lo por ser quem é, mas há 100 miúdos da sua idade na Florida que jogam melhor que ele, o que também é um sinal de que há muitos miúdos que jogam muito bem. Foi divertido de ver e o seu swing é espetacular”, referiu Fernández-Castaño.

Já Ballesteros, que segundo o jornal desportivo espanhol joga na “terceira divisão do golfe europeu”, tem uma opinião mais vincada para o positivo: “É espetacular, não só pelo swing, mas também pela técnica. Se não soubesse que era filho de Tiger Woods, veria na mesma este rapaz no campo. Para idade que tem é um prodígio. Se gostar golfe e trabalhar, tem tudo para chegar longe. É difícil fazê-lo, mas á matéria-prima para que seja um grande jogador”.

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