O Ministério Público arquivou o inquérito criminal sobre o caso do estudante morto a tiro por um grupo que tentou roubar o cofre da Queima das Fitas do Porto, em 2013, no Queimódromo daquela cidade.

Fonte ligada ao processo disse esta terça-feira à agência Lusa que “foi feito tudo, mesmo tudo”, para se deduzir uma acusação, chegando a ser constituídos seis arguidos, mas não foi possível associar ao crime estes ou outros suspeitos.

Ressalvou, contudo, que há possibilidades de o processo ser retomado, desde logo com novos dados que pai da vítima — que se constituiu assistente — possa levar ao processo, ou por determinação da própria hierarquia do Ministério Público, pedindo diligências adicionais.

O estudante Marlon Correia, de 24 anos de idade, frequentava em 2013 a Faculdade de Desporto e foi contratado para a venda de bilhetes para a Queima das Fitas da Universidade do Porto.

Na madrugada de 4 de maio desse ano morreu após ser baleado por duas vezes, nas costas, por um dos cinco elementos de um gangue que tentara roubar um cofre com cerca de 300 mil euros de receitas da Queima.

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“Perícias indicaram que o segundo disparo, de shot-gun, foi feito a cerca de dois metros. Foi mesmo para o matar”, contou a fonte.

Desdobraram-se as buscas, multiplicou-se a consulta de registos de todas as operadoras de telemóvel a partir de antenas na região, fizeram-se tentativas de reconhecimento de voz, procuraram-se as matrículas dos carros usados pelo grupo através da videovigilância, consultaram mesmo de listagem de veículos furtados na quinzena anterior e fizeram-se escutas a suspeitos, entre outras diligências infrutíferas.

O grupo, “altamente profissional”, agiu com luvas e passa-montanhas, ainda segundo a fonte.