O chinês Li Jingwei, raptado há mais de 30 anos, voltou a encontrar a sua mãe biológica depois de partilhar uma memória na rede social chinesa Douyin (correspondente ao Tik Tok).

De acordo com a BBC News, Li Jingwei foi vendido a uma rede de tráfico de crianças, em 1989, aos quatro anos, após ter sido encorajado a sair de casa pelo vizinho. Na altura, foi levado para junto de uma família que vivia a mais de 1.800 km de distância e que, até então, não lhe tinha dado qualquer informação sobre o seu passado.

Três décadas mais tarde, em dia de véspera de Natal, Li Jingwei partilhou na internet um mapa desenhado à mão da zona onde nasceu. O desenho tornou-se viral e chegou até às autoridades, que associaram a memória a uma mulher que tinha perdido o filho por sequestro.

“Sou uma criança que tem tentado encontrar a sua casa. Fui levado para Henan por um vizinho careca em 1989, quando tinha cerca de quatro anos. Este é um mapa da minha área residencial que desenhei de memória”, escreveu Li Jingwei no Douyin.

Foram realizados testes de ADN para comprovar a ligação entre os dois. A mãe e filho reencontraram-se na província de Yunnan a 1 de janeiro de 2022.

[Veja neste vídeo o momento do reencontro]

Li Jingwei agradeceu na rede social, escrevendo: “Trinta e três anos de espera, inúmeras ​​noites de anseio e, finalmente, um mapa desenhado à mão de memória: este é o momento perfeito depois de 13 dias”.

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Raptos de crianças são um problema comum na China. Em 2015, estimou-se que 20 mil crianças eram sequestradas todos os anos no país. O caso de Guo Xinzhen é um dos mais emblemáticos, servindo de inspiração para o filme “Lost and Love”.

China encontra mais de 2500 crianças desaparecidas, algumas há décadas