Cristina M.C, a mulher de nacionalidade espanhola de 46 anos que raptou os filhos de 12 e 14 anos para que não fossem vacinados contra a Covid-19, escondeu-se com os menores em Aljezur, no Algarve, avança esta quinta-feira o jornal El Mundo.

Após descobrir o paradeiro da mãe dos menores na terça-feira, a Guardia Civil espanhola esteve em Aljezur, mas a mulher antecipou-se e voltou na quarta-feira de manhã para Sevilha, onde se entregou às autoridades e acabou detida. A partir desse momento, os filhos foram entregues ao pai.

De acordo com Borja Gómez Martínez-Fresneda — advogado da mulher —, a sua cliente tinha esperança de não ser detida não só porque se entregara, como também porque alegava sofrer de uma pneumonia. No entanto, a justiça espanhola não foi sensível a estes motivos e a mãe dos menores passou a noite na prisão.

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Esta quinta-feira, um juiz do Tribunal de Sevilha decretou liberdade sob fiança como medida de coação. Além disso, a mulher não poderá comunicar com os filhos e foi-lhe imposta uma ordem de restrição, não se podendo aproximar dos menores num raio de 300 metros.

Ao El Mundo, o advogado da mulher garantiu na quarta-feira que os menores de 12 e 14 anos se encontram bem de saúde, salientando que a intenção de Cristina M.C. passava por “defendê-los de possíveis efeitos secundários graves” das vacinas.

Espanha. Mulher que sequestrou filhos para que não fossem vacinados entrega-se às autoridades

Os pais dos menores discordavam sobre a vacinação, tendo levado o caso à justiça espanhola, que deu razão ao pai — defendendo que as crianças deviam ser vacinadas. Face ao sucedido, o advogado da mulher apontou que o sequestro se justificava, porque a sua cliente temia que os seus filhos levassem a vacina sem a sua autorização, não tendo ainda em conta o interesse dos próprios filhos.