Para fazer face a uma escalada do número de casos diários, Itália apertou ainda mais o cerco a quem decidiu não se vacinar contra a Covid-19. A partir desta segunda-feira, entraram em vigor novas medidas que condicionam a vida de todos os que não completaram o esquema vacinal, que deixam de poder apresentar um teste negativo para entrar em vários recintos e até para andarem em transportes públicos.

Em conferência de imprensa esta segunda-feira citada pela imprensa italiana, Mario Draghi, primeiro-ministro, realçou que “grande parte dos problemas” que Itália enfrenta se devem aos não vacinados. “Dois terços dos doentes que estão em unidades de cuidados intensivos [UCI] não estão vacinados”, sublinhou, indicando que os serviços de saúde estão novamente sob pressão.

Tendo em conta estes dados, o governo italiano decidiu aumentar as restrições para os não vacinados, que deixam de poder andar em qualquer transporte público, incluindo autocarros, metros, ferries, comboios e voos domésticos. Quem não completou o esquema vacinal primário também não pode ir a um restaurante ou a um bar. Mesmo que seja numa esplanada, existe a obrigatoriedade de apresentar o comprovativo de vacinação.

As restrições não se ficam por aqui: também hotéis, ginásios, bibliotecas, spas, museus, parques temáticos, teatros, cinemas, entre outros, é necessário apresentar um certificado de vacinação. Alguns dos poucos locais a que os não vacinados podem ir são supermercados, centros comerciais e farmácias.

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As únicas exceções dentro dos não vacinados para aceder a estes locais passam por aqueles que apresentem um certificação de recuperação à doença, ou então uma justificação médica que indique o motivo da não vacinação.

Itália decreta vacinação obrigatória para maiores de 50 anos. Multas podem chegar aos 1.500 euros

Recentemente, Itália também decretou a vacinação obrigatória para todos aqueles que tiverem mais de 50 anos. A partir de 1 de fevereiro, quem não tiver tomado a vacina será sancionado, perdendo o direito ao salário, enquanto os desempregados terão de pagar uma multa de 100 euros.