A polícia italiana identificou 18 jovens – três deles menores de idade – responsáveis por uma onda de assaltos e crimes sexuais que assolou Milão e Turim na noite da Passagem de Ano.

Pelo menos nove mulheres já apresentaram queixa face aos ataques de que terão sido alvo na Piazza del Duomo, em Milão.

A polícia italiana identificou os autores dos crimes com recurso a circuitos de vigilância e gravações amadores realizadas no local, além de testemunhas que presenciaram os atos. Num comunicado citado pela BBC, as forças policias informaram que os jovens têm idades entre os 15 e os 21 anos, e foram alvo de buscas esta terça-feira.

Tanto os procuradores como as forças de segurança tiveram conhecimento de três ataques que ocorreram na noite de dia 31 de dezembro na praça central de Milão, e acreditam que o número de vítimas seja superior àquelas identificadas até ao momento.

Num dos incidentes, uma jovem de 19 anos que se tinha deslocado até à Piazza del Duomo para celebrar a Passagem de Ano com uma amiga, foi atacada por um grupo de jovens por volta da 01h30. Embora a amiga tenha escapado do grupo, a jovem foi consecutivamente atacada durante quase um minuto antes de ser socorrida.

Duas estudantes alemãs de 20 anos que se encontravam na mesma praça relataram ter sido atacadas por várias pessoas durante o frenesim vivido na altura do lançamento do fogo de artifício.

Apercebi-me que me estavam a tocar, eu queria escapar, mas eles eram demasiados”, explicou a jovem à agência de notícias Ansa.

A amiga, que caiu ao chão, explicou que na altura sentiu várias mãos a agarrarem-na. As duas estudantes alemãs queixaram-se, em inglês, aos agentes da polícia que se encontravam de patrulha, mas estes não não perceberam a explicação.

Segundo o jornal Corriere della Sera, citado pela ABC News, uma outra mulher foi igualmente atacada nessa noite. A vítima foi alvo de um ataque que deixou a sua camisola desfeita, e as suas calças foram puxadas para baixo, tendo ficado com vários arranhões. A polícia levou a mulher para um hospital para que fosse examinada por profissionais de saúde.

Na sexta-feira, a ministra do Interior, Luciana Lamorgese, apelou a que “os responsáveis pelas agressões sexuais e violência sejam entregues à justiça o mais rápido possível”.

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