Foi cobrado a um homem de 62 anos, em Itália, 46.500 euros depois de ter encomendado uma pizza.

A transação foi realizada para uma estabelecimento hoteleiro perto de Nápoles, numa operação de fraude informática que levou a uma investigação por parte do Ministério Público.

O pedido da pizza foi realizado, como explica a vítima, citada pelo jornal espanhol La Vanguardia, através do telemóvel, tendo o homem feito o pedido através de uma aplicação de entrega ao domicílio.

O pagamento foi realizado com o cartão de crédito, não tendo sido, contudo, necessário colocar nenhuma senha. Dias mais tarde, ao tentar aceder à sua conta bancária pela internet, a vítima foi confrontada com uma notificação que a informava que a conta “se encontrava inacessível e em manutenção“.

Quando conseguiu por fim aceder à conta bancária, o homem constatou faltarem 46.500 euros, retirados numa transferência realizada a 3 de janeiro para o restaurante Il Resto del Carlino, em Caserta — perto de Nápoles.

Tendo o advogado da vítima apresentado uma denúncia em relação ao roubo, o dinheiro foi “congelado” pelo serviço anti-fraude do banco, assim como pela intervenção do juiz encarregue do caso. Após abertura da investigação por parte do Ministério Público espanhol, outros casos semelhantes foram entretanto conhecidos.

Se adicionarmos o facto de muitas vezes utilizarmos o telefone em movimento e com pressa, é compreensível que baixemos a guarda e acabemos por responder sem muita atenção quando recebemos uma mensagem a solicitar os nossos dados (muitas vezes bancários)”, afirmaram as autoridades espanholas num comunicado.

O fenómeno conhecido como smishing — fraudes realizadas com recurso a mensagens de texto — tem ameaçado não só as pessoas, como as empresas.