O Presidente norte-americano, Joe Biden, admitiu a possibilidade de aplicar sanções pessoais ao homólogo russo, Vladimir Putin, caso a Rússia invada a Ucrânia.

Questionado pelos jornalistas esta terça-feira sobre essa possibilidade, Biden deixou claro que, para além de possíveis sanções económicas à Rússia, pode aplicar sanções diretas ao Presidente russo: “Sim, faria isso”, disse taxativamente o líder da administração norte-americana, de acordo com a agência Reuters.

Os Estados Unidos já aplicaram sanções diretas a líderes de países no passado, como foi o caso do Presidente venezuelano, Nicolás Maduro, e do líder da Síria, Bashar al-Assad.

Sobre a situação tensa que se vive na fronteira da Rússia com a Ucrânia, onde os russos têm neste momento estacionados mais de 100 mil soldados, Biden voltou a dizer que para já está fora da questão um envio de tropas norte-americanas para a Ucrânia, mas apelou ao reforço da presença da NATO no leste da Europa.

Temos de deixar claro que não há razões para que nenhum membro da NATO se preocupe”, disse o Presidente dos EUA. “A NATO irá em seu auxílio.”

As declarações surgem numa altura em que a Rússia enviou tropas para exercícios militares na Bielorrússia, país que faz fronteira com três Estados-membros da NATO: Polónia, Lituânia e Letónia. A Aliança do Tratado do Atlântico Norte tem neste momento as suas tropas em standby e diz estar pronta a ativar a sua Força de Resposta Rápida, que consegue colocar no terreno cinco mil soldados em pouco tempo. Esse contingente pode escalar para 40 mil soldados em cerca de um mês.

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Os Estados Unidos também colocaram 8.500 tropas em alerta esta segunda-feira, garantindo que pode deslocá-las para a Europa se a situação escalar.

Ao mesmo tempo, a administração norte-americana está a tentar gizar um plano para garantir que pode apoiar a Europa com produção de gás natural própria, a fim de limitar a dependência da Rússia — atualmente, a União Europeia importa daí mais de 40% do gás que consome.

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