O Banco Efisa vai avançar para liquidação. A Parvalorem, que gere os ativos que estiveram no BPN, vai liquidar o banco, depois de ter falhado o processo de venda.

A notícia é avançada esta quarta-feira pelo Jornal de Negócios. A Parvalorem já tomou a decisão em assembleia geral do passado dia 21 de janeiro.

O banco já foi alvo de duas tentativas de venda, mas falharam, e agora a decisão da empresa que gere antigos ativos do BPN decidiu avançar para liquidação, decisão que já terá sido homologada pelo Ministério das Finanças, segundo o Negócios. O plano de liquidação vai ser submetido ao Banco de Portugal.

Citada pelo mesmo jornal, a Parvalorem explica que, “em 2021, findou o segundo procedimento destinado à alienação do Banco Efisa, em virtude da não conclusão pelo adquirente do processo junto do Banco de Portugal”, optando-se por liquidar a instituição, até pelos “encargos anuais inerentes à manutenção em atividade”.

De acordo com informação pública da Parvalorem, o Banco Efisa foi alvo de uma tentativa de venda em 2015/6 tendo sido celebrado um contrato-promessa de compra e venda “cuja conclusão dependia entre outros aspetos do processo de análise e eventual aprovação pelo Banco de Portugal e Banco Central Europeu”, mas “dado não terem sido cumpridas as condições precedentes definidas o contrato caducou em 31 de marco de 2017”.

A tentativa de venda continuou. E em janeiro de 2018 foi lançado um concurso público para a venda do Efisa, no âmbito do qual foi selecionada uma proposta que de 27 milhões de euros. “Esta transação foi objeto de aprovação pelo secretário de Estado Adjunto do Ministro das Finanças em 25 de fevereiro de 2019, tendo o contrato de venda sido celebrado em 2 de maio de 2019”, mas o processo ficou dependente da autorização pelo Banco Central Europeu. A Parvalorem ainda dizia, em 2020, que pretendia concluir o procedimento em 2021. Mas agora assume o falhanço da venda à Firma, de Bernardo Theotónio-Pereira e Francisco Mendes-Palma.

A 31 de dezembro de 2020, últimos dados conhecidos, o ativo líquido do banco ascendia a 30,7 milhões de euros. O capital próprio era de 28,5 milhões. Em 2o2o, teve prejuízos de 2,2 milhões de euros.

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