As autoridades da Venezuela acusaram formalmente, entre agosto de 2017 e dezembro de 2021, 910 funcionários de distintos organismos de segurança do Estado venezuelano, pela alegada violação dos Direitos Humanos.

Os dados fazem parte de um relatório apresentado esta terça-feira pelo Ministério Público da Venezuela perante o Conselho de Direitos Humanos da ONU, por ocasião do terceiro Exame Periódico Universal (EPU) de Direitos Humanos à Venezuela.

No entanto, segundo o documento, 619 funcionários continuam detidos e foram registadas 229 sentenças condenatórias.

A Venezuela deu conta ainda que entre agosto de 2017 e dezembro de 2021, foram realizados 46.853 procedimentos em matéria de corrução, com 9.488 atos conclusivos, 4.762 acusações, 1.881 sentenças condenatórias e 3.072 pessoas condenadas.

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Durante o EPU a vice-presidente da Venezuela, Delcy Rodríguez, sublinhou o compromisso do país com os Direitos Humanos dos venezuelanos e insistiu que Caracas é vítima de sanções internacionais impostas pelos Estados Unidos, pela Inglaterra e outros países do Conselho de Segurança da ONU.

“Algo está mal quando convivemos, num mesmo lugar, os agressores e as vítimas”, disse.

Delcy Rodríguez sublinhou que “a voz de todos deve ser o levantamento das medidas coercitivas e unilaterais, dessas sanções ilícitas que se conformam como uma verdadeira potência e codiciosa arma de destruição em massa dos Direitos Humanos”.

Apesar das sanções a Venezuela disse ter feito importantes progressos em matéria de habitação social, educação, serviços públicos, na consolidação do sistema de justiça e no combate à pandemia da Covid-19, tendo vacinado 98% da sua população.