A União Europeia (UE) denunciou esta quarta-feira a continuação das detenções ilegais na Bielorrússia, um ano e meio após as eleições presidenciais classificadas como fraudulentas por Bruxelas, e elogiou o trabalho dos jornalistas que resistem no terreno.

“Hoje, mais de 1040 pessoas estão detidas como prisioneiros políticos na Bielorrússia, incluindo 33 trabalhadores de meios de comunicação social. Todos os dias são noticiadas novas sentenças de motivação política. Muitos detidos foram sujeitos a abusos e maus-tratos e condenados a longas penas de prisão em julgamentos políticos conduzidos à porta fechada”, denuncia a UE, em comunicado.

O comunicado lembra ainda que esta quarta-feira faz 18 meses desde “as eleições fraudulentas de agosto de 2020”, referindo que “um ano e meio depois, o regime de [Alexander] Lukashenko na Bielorrússia continua com as violações dos direitos humanos e a sua brutal repressão contra todos os segmentos da sociedade”.

A UE elogia ainda a coragem dos jornalistas independentes bielorrussos que “permanecem na vanguarda da luta pela verdade, democracia e direitos fundamentais”.

O Presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko, venceu as eleições presidenciais com 80,23% dos votos, um escrutínio marcado por violência e acusações de fraude, cujo resultado não é reconhecido pela UE, que considera não ter sido livre nem justo.

Desde outubro de 2020, a UE tem vindo a impor progressivamente um conjunto de medidas restritivas contra a Bielorrússia, adotadas em resposta às eleições presidenciais de agosto de 2020 e à consequente intimidação e repressão violenta de manifestantes pacíficos, membros da oposição e jornalistas.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR