De saída do Governo, Alexandra Leitão manterá o lugar de deputada e agora também de comentadora no programa Princípio da Incerteza (anterior Circulatura do Quadrado), o programa televisivo de comentário político de onde sai Ana Catarina Mendes. A até agora líder parlamentar do PS vai integrar o novo Governo de António Costa, como ministra Adjunta e dos Assuntos Parlamentares e deixa o posto de comentadora no programa transmitido pela CNN Portugal.

É uma troca de futura ministra por futura ex-ministra, já que Alexandra Leitão vai deixar o Governo depois de extinto o Ministério da Modernização do Estado e da Administração Pública. E na quarta-feira, Ana Catarina Mendes toma posse como ministra entrando pela primeira vez para um Governo que diz que “tem de estar capaz de responder às questões sociais e económicas” que a guerra na Ucrânia vai provocar também em Portugal.

Além disso, a nova ministra afirma que o Governo tem ainda outro desafio que é “demonstrar que uma maioria absoluta não é poder absoluto”, frase dita por António Costa logo na noite eleitoral, mal soube que tinha vencido as legislativas com maioria no Parlamento. A socialista diz que “mesmo com uma oposição que ainda se está a restabelecer, o PSD, é obrigação de quem está no poder manter pontes, compromissos e diálogo. Mostrar que não é pernicioso para a democracia haver maiorias absolutas“. Para Ana Catarina Mendes “este é um Governo que está determinado neste combate político”.

Saiu com um ramo de flores oferecido pelos restantes comentadores do painel, José Pacheco Pereira e António Lobo Xavier que na semana que vem terão a representar o PS no programa Alexandra Leitão.

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A até aqui ministra da Modernização do Estado e da Administração Pública saiu do Governo a contragosto. O Expresso adiantou que recusou o convite para líder parlamentar, depois de saber que deixaria de ter o Ministério que conduziu nos dois últimos anos, depois de ter sido secretária de Estado Adjunta e da Educação, entre 2015 e 2019.

Em declarações à Lusa, Alexandra Leitão apontou como “principalíssima razão” para rejeitar o cargo político que lhe foi oferecido por Costa o facto de considerar que o seu perfil “é mais executivo, é nesse perfil que seria mais útil ao partido e ao Governo”, afirmou deixando no ar desconforto por ter saído.

Se não assume o lugar de Ana Catarina Mendes no Parlamento, assume-o na televisão na cadeira onde já se sentou Jorge Coelho, que morreu há um ano, e antes dele António Costa, tendo saído apenas quando assumiu a liderança do PS, em 2014. Nessa altura o programa chava-se ainda Quadratura do Círculo e era transmistido pela Sic-Notícias. Desde 2019 passou para a CNN Portugal, como novo nome.

Artigo corrigido com o atual nome do programa referido.