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Mapa da guerra. O que se sabe sobre o 45.º dia do conflito?

Este artigo tem mais de 2 anos

Este sábado fica marcado pela visita surpresa de Boris Jonhson a Kiev. O primeiro-ministro britânico passeou pela capital ucraniana, conversou com Zelensky e anunciou mais apoios à Ucrânia.

Armazém de abastecimento de alimentos para toda a região de Kiev totalmente destruído por um míssil das tropas russas
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Armazém de abastecimento de alimentos para toda a região de Kiev totalmente destruído por um míssil das tropas russas

JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

Armazém de abastecimento de alimentos para toda a região de Kiev totalmente destruído por um míssil das tropas russas

JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

Dez novos corredores humanitários foram abertos este sábado, o 45.º dia de guerra na Ucrânia, para permitir a fuga de cidadãos nas regiões que estão a ser palco dos confrontos com a Rússia — um em Donetsk (Mariupol), quatro em Zaporíjia (Berdyansk, Tokmak, Energodar e Melitopol) e cinco em Lugansk (Sievierodonetsk, Lysychansk, Popasna, Hirske e Rubizhne).

O primeiro-ministro britânico deslocou-se a Kiev, numa visita surpresa, e anunciou novas medidas de apoio à Ucrânia, depois de conversar com Zelensky. Durante a tarde deste sábado, registou-se ainda uma explosão na região de Donetsk, que terá provocado cinco mortos.

As últimas estimativas da Ucrânia dizem que a Rússia já terá perdido mais de 19 mil soldados, 705 tanques, 151 aviões, 136 helicópteros e quatro sistemas móveis de lançamento de mísseis balísticos de curto alcance. Tudo isto numa altura em que os russos parecem estar a reorganizar as forças militares para investir novamente sobre a Ucrânia, com o aparente objetivo de alcançar um sucesso bélico concreto antes do aniversário do fim da II Guerra Mundial.

No mais recente mapa das movimentações na Ucrânia, é possível verificar que a Rússia está a concentrar tropas na região de Donbass, no leste do país; assim como no sul da Ucrânia, na zona vizinha à anexada Crimeia. A norte, onde a Rússia chegou a controlar boa parte da região até à fronteira de Kiev, a resistência ucraniana está a recuperar terreno e a empurrar os russos para fora.

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Mapa das movimentações das tropas russas e ucranianas às 10h57 de sexta-feira

Aqui fica um ponto de situação para ficar a par do que aconteceu nas últimas horas. Pode também seguir os desenvolvimentos, minuto a minuto, no liveblog do Observador.

O que aconteceu durante a tarde?

  • O primeiro-ministro britânico passou pelas ruas de Kiev, depois de chegar à capital ucraniana sem aviso prévio. Boris e Zelensky conversaram e, no final, em conferência de imprensa conjunto, o primeiro-ministro do Reino Unido referiu que o que aconteceu em Bucha “contaminou permanentemente” a reputação de Putin.
  • Zelensky deu uma entrevista à Associated Press e sublinhou, novamente, que quer uma “solução diplomática” para o conflito.
  • Uma explosão na região de Donetsk terá provocado cinco mortos.
  • Governo ucraniano criou um arquivo online para documentar os crimes de guerra russos, criando provas das “atrocidades” das forças de Moscovo.
  • Karl Nehammer também esteve em Kiev, conversou com Zelensky e avisou que deixar de comprar gás russo teria graves consequências para Áustria.
  • A central nuclear de Chernobyl registou um nível de radiação “anormalmente alto” na Floresta Vermelha, onde estiveram os militares russos.
  • O ministro da Saúde da Ucrânia anunciou que os bombardeamentos russos já destruíram 21 hospitais e provocaram estragos em 307 edifícios de saúde.
  • Uma campanha internacional de angariação de fundos arrecadou 10,1 mil milhões de euros para apoiar a Ucrânia.
  • Josep Borrell anunciou financiamento de 500 milhões de euros à Ucrânia através do Mecanismo Europeu de Apoio à Paz.
  • O ex-primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi disse estar “profundamente dececionado e magoado com o comportamento de Vladimir Putin“.
  • A Ucrânia anunciou que realizou uma troca de 26 prisioneiros com a Rússia. É a terceira troca de prisioneiros desde o início da invasão.

O que aconteceu durante a manhã?

  • Depois do ataque a uma estação de comboios em Kramatorsk, no leste da Ucrânia, as autoridades ucranianas continuam a retirar civis desta cidade.
  • Kremlin acusou Youtube de suspender o canal do parlamento russo e promete retaliação. As autoridades russas entendem que a medida viola “os direitos” dos russos. Entretanto, a Google explicou que a decisão está relacionada com o cumprimento da lei sobre sanções e regras comerciais.
  • Mais de 4,4 milhões de pessoas já fugiram da Ucrânia desde que a Rússia invadiu a Ucrânia. Os dados foram atualizados este sábado pelo Alto-Comissariado da ONU para os Refugiados.
  • A Alemanha admitiu este sábado que não existe possibilidade de fornecer à Ucrânia mais armas das reservas das forças armadas.
  • Os funcionários de Chernobyl roubavam combustível às tropas russas para garantir segurança. De acordo com a BBC, os militares russos questionavam regularmente sobre o funcionamento dos reatores e exigiram ter acesso a documentação sensível.
  • A Rússia revogou a licença de 15 organizações não-governamentais e a União Europeia condenou a decisão. “Nada na atividade destas organizações, focadas na proteção dos direitos e liberdades dos cidadãos, justifica esta decisão.”
  • Zelensky entende que há provas de crimes de guerra russos. Em entrevista, o presidente ucraniano disse que os serviços de segurança da Ucrânia intercetaram comunicações de tropas russas que fornecem provas de crimes de guerra.
  • Também sobre crimes de guerra, Zelensky disse que o ataque numa estação de comboios em Kramatorsk, na região de Donetsk, é um crime de guerra. “Toda a gente envolvida será responsabilizada”, disse o presidente ucraniano.
  • Em relação aos últimos ataques em cidades ucranianas, a União Europeia afirmou estar “profundamente consternada”. “Não deve haver impunidade para os crimes de guerra.”
  • O Kremlin está a reorganizar a estratégia militar que dirige as operações na Ucrânia. Mais de 40 dias depois do início da invasão da Rússia à Ucrânia, as tropas de Moscovo não conseguiram atingir os avanços que estariam previstos.
  • A agência financeira Standard & Poor’s colocou a Rússia no nível de Incumprimento Seletivo nos pagamentos em moeda estrangeira.

O que aconteceu durante a madrugada?

  • Duas pessoas ficaram feridas na sequência de um ataque com mísseis russos em Myrhorod, cidade ucraniana no oblast (região) de Poltava. A informação está a ser avançada pelo jornal The Kyiv Independent, que cita o governador Dmytro Lunin.
  • Os Estados Unidos avançaram que a Rússia foi mesmo responsável pelo ataque com mísseis na cidade de Kramatorsk, em Donetsk, na última sexta-feira. O Kremlin afirmou que o ataque, que provou 52 vítimas mortais, tinha sido provocado pela Ucrânia, mas o Departamento de Defesa norte-americano já recusou a teoria.
  • De acordo com o The Wall Street Journal, o ministério da Saúde ucraniano encomendou 220 mil frascos de atropina, um medicamento que atenua os sintomas provocados por agentes nervosos. Os produtos serão cedidos por uma organização sem fins lucrativos, a Direct Relief, que já tinha enviado atropina para a Síria em 2017 após um ataque com Sarin.
  • Os trabalhadores da central nuclear de Chernobyl que têm sido rendidos por novas equipas estão a contar que são interrogados pelas tropas russas, com recurso à força, durante horas a fio. Segundo a BBC, os funcionários estão a roubar combustível aos tanques russos para garantir que não existe qualquer fuga de radiação.
  • O líder dos serviços de vigilância ucranianos avisou que as tropas russas recuaram para se “reagruparem” antes de voltarem a atacar em direção a Kharkiv. Em entrevista à CNN, Kyrylo Budanov disse que a Rússia se deve “reagrupar em direção a uma cidade chamada Izium através de Belgorod”. Depois da destruição de Kharkiv e Mariupol, os russos podem tentar uma nova investida em Kiev.
  • A Organização das Nações Unidas concluiu que o preço dos alimentos aumentou 12,6% desde fevereiro, quando o valor já tinha atingido novos máximos desde 1990. O FAO Food Price Index, o índice que avalia os preços da alimentação todos os meses, foi de 159,3 em março.
  • O Reino Unido e a Alemanha decidiram que não vão enviar tanques de guerra para a Ucrânia porque “não seria apropriado”, disse Boris Johnson, primeiro-ministro britânico, em conferência de imprensa com o chanceler alemão Olaf Scholz. O Reino Unido decidiu, mesmo assim, enviar 100 milhões de libras (120 milhões de euros).
  • Alexander Dvornikov, general russo que comandou as tropas de Vladimir Putin na Síria, vai agora liderar os esforços na Ucrânia, disse uma fonte militar do ocidente à BBC. É uma reorganização que terá por objetivo a conquista de “algum tipo de sucesso” antes de 9 de maio, dia em que a Rússia celebra a vitória na II Guerra Mundial.
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