Jerusalém celebra a Quinta-Feira Santa, evocando as últimas horas de Jesus já sem as restrições da pandemia e com os peregrinos a poderem acompanhar a comunidade católica da Terra Santa nas cerimónias.

O dia começou com uma missa matinal no Santo Sepulcro, o lugar mais sagrado do cristianismo, onde a tradição marca a crucificação de Jesus Cristo e a sua subsequente ressurreição.

Na presença de fiéis de diferentes partes do mundo — que nos últimos dois anos não puderam ir devidos às medidas para travar a pandemia de Covid-19 — foi feita a Lavagem dos Pés, que recria a de Jesus aos seus doze discípulos como gesto de humildade e igualdade, um dos atos mais característicos dos ritos da Semana Santa.

Nestas celebrações pós-pandemia, a presença de grupos de turistas e peregrinos é novamente observada pelas ruas e templos da Cidade Velha, na parte oriental de Jerusalém ocupada por Israel, embora a sua presença não seja tão numerosa como nos anos anteriores a 2019.

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Após a missa, foi feita a tradicional peregrinação à Sala Superior, onde se lembra a tradição da Última Ceia e das instituições do sacerdócio e da Eucaristia. Ali, numa cerimónia, a Lavagem dos Pés foi recriada novamente.

As liturgias desta quinta-feira continuam com uma missa na Basílica da Agonia, no Jardim de Gethsemane (no Monte das Oliveiras), para onde, segundo a tradição, Jesus se retirou para rezar e meditar antes de ser entregue aos romanos por Judas.

As liturgias do Triduo da Páscoa — quinta, sexta e sábado — continuarão na sexta-feira, com procissões como a Via Crucis, que percorrerá as catorze estações da Via Dolorosa, enquanto as ruas e templos das zonas mais sagradas de Jerusalém reavivam os rituais que encarnam os últimos dias de Jesus e a sua ressurreição.