O Município de Vagos está a apelar à doação de material, como mobiliário e eletrodomésticos, para equipar apartamentos ou casas para acolher refugiados de uma forma mais permanente, disse à agência Lusa fonte da autarquia.

De acordo com o presidente da Câmara Municipal de Vagos, Silvério Regalado, depois de numa primeira fase os refugiados da guerra da Ucrânia, que chegaram ao concelho, terem sido acolhidos em locais mais coletivos, “as famílias estão agora a passar para espaços mais reservados”.

Neste momento, estamos a organizar os refugiados por famílias em espaços mais reservados, em apartamentos ou casas, juntando duas famílias em alguns casos. Estamos a criar condições para os instalar em locais que permitam a permanência por um espaço de tempo mais prolongado”, justificou.

Cinco famílias foram instaladas em cinco apartamentos diferentes e “estão também a ser preparados outros dois espaços para acolher outras famílias, bem como um espaço, na Praia da Vagueira, para um conjunto mais alargado de pessoas”.

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“Os apartamentos de habitação social foram equipados pelo Município, estando em utilização. No entanto, a maior parte dos apartamentos ou casas que foram disponibilizados para a bolsa de acolhimento a refugiados não têm mobiliário e eletrodomésticos necessários”, revelou.

À comunidade é solicitado diverso material para equipar os apartamentos ou casas, nomeadamente camas de solteiro e casal, colchões, lençóis, cobertores, edredões, sofás, mesas de cozinha, cadeiras e eletrodomésticos.

Quem quiser contribuir deverá manifestar essa disponibilidade e especificar o material a doar para o “e-mail” sosucrania@cm-vagos.pt.

Segundo o autarca, o concelho de Vagos já acolheu mais de uma centena de refugiados, a maioria ucranianos, mas também de outras nacionalidades que se encontravam na Ucrânia e fugiram da guerra.

“Este é um projeto contínuo e pretendemos que sejam bem recebidos: que se sintam em casa enquanto cá estão. A maior parte deles tem como grande objetivo que a guerra acabe e regressar ao seu país, para o ajudar a reconstruir”, destacou.

À agência Lusa, Silvério Regalado disse ainda que os refugiados começaram, na semana passada, as aulas de português, estando também a ser preparada a sua entrada no mercado de trabalho.

“Depois de um processo exaustivo de recolha de competências, serão integrados nas soluções mais adequadas às suas qualificações, mediante as ofertas existentes”, esclareceu.